Os ataques terroristas do Hamas contra cidades de Israel continuam acontecendo, mesmo com a resposta militar maciça ordenada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O total de mortos de ambas as partes já passa de 1,2 mil.
A guerra declarada pelo Hamas, grupo terrorista que controla a faixa de Gaza, foi comparada pelo governo israelense com o 11 de setembro de 2001, quando outro grupo extremista islâmico atacou os Estados Unidos, liderados por Osama bin Laden.
As ações terroristas iniciadas contra Israel no último sábado, 07 de outubro, resultaram em famílias inteiras massacradas a sangue frio, com centenas de cidadãos sequestrados, incluindo idosos, mulheres e crianças.
“Este é o nosso 11 de setembro. Eles nos pegaram”, declarou Daniel Hagari, porta-voz das forças de defesa de Israel (IDF), sobre o ataque. No mesmo pronunciamento, ele informou que quase todas as áreas do território de Israel próximas à fronteira com Gaza foram retomadas.
Hagari também informou que “a maioria” dos acessos de Gaza para Israel foram fechados, cumprindo a ordem de “cerco completo” determinada pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, que exigiu que a área controlada pelo Hamas fique “sem eletricidade, sem comida, sem combustível”, como forma de enfraquecer as ações dos terroristas, segundo a BBC.
Ainda assim, o Hamas demonstra ter se preparado para uma guerra mais longa, já que muitos de seus terroristas infiltrados no território israelense seguem agindo. No domingo, 08 de outubro, o maior alvo foi um festival de música próximo à fronteira com Gaza, com um saldo de 260 jovens mortos, a maioria israelenses.
Nesta segunda-feira, os ataques do Hamas continuam, com centenas de mísseis ainda sendo lançados contra cidades israelenses. O sistema de defesa do país, conhecido como Domo de Ferro, tem interceptado a maioria dos disparos, mas os poucos que não são destruídos no ar atingem áreas habitadas.
Há relatos de mísseis sendo disparados a partir de Gaza em direção a algumas cidades israelenses. Algumas explosões foram ouvidas em Jerusalém. Nas redes sociais, circulam vídeos na manhã desta segunda-feira de mísseis que atingiram áreas vizinhas ao aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv.
Gallant afirmou que o Hamas “cometeu um grave erro e lançou uma guerra” contra eles mesmos: “As tropas [israelenses] estão lutando contra o inimigo em todos os locais. O Estado de Israel vencerá esta guerra”.
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‘Massacre e vingança’
Netanyahu fez um pronunciamento à nação no sábado, dizendo que “o Hamas iniciou uma guerra cruel e maligna”, mas que iria reagir, com apoio de todo o governo israelense, para garantir que esse tipo de situação não se repetisse.
“Venceremos essa guerra, mas o preço é grande demais para suportar. Este é um dia muito difícil para todos nós. O Hamas quer assassinar todo o povo de Israel. É um inimigo que mata crianças e mães em suas casas, nas suas camas. Um inimigo que sequestra idosos, crianças, meninas”, resumiu.
O primeiro-ministro prometeu agir de forma enérgica em resposta: “O que aconteceu hoje não é visto em Israel, e vou garantir que não aconteça novamente. A IDF usará toda sua força para destruir as capacidades do Hamas. Iremos vencê-los, até a destruição, e nos vingaremos com força”.
“Todos os lugares onde o Hamas está organizado, dentro de Gaza, uma cidade do mal, todos os lugares onde o Hamas se esconde, opera, nós transformaremos em ruínas”, enfatizou Netanyahu.
URGENTE: Pronunciamento oficial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. pic.twitter.com/6QMgB4oBul
— Dama de Ferro (@Damadeferroofic) October 8, 2023