Um grupo de ativistas palestinos no Brasil se encontrou com Lula (PT) e entregou a ele presentes temáticos das bandeiras árabes, incluindo um lenço palestino contra Israel, além de um pedido de rompimento das relações com o governo da nação judaica.
O encontro entre Lula e uma representante do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino Khader Othman ocorreu durante a visita do mandatário a uma obra no entorno de Florianópolis (SC).
Na ocasião, os ativistas entregaram uma caixa de presentes para agradecer o “apoio que o governo [petista] sempre deu ao Povo Palestino”. Entre os presentes estava o lenço palestino (keffiyeh) com a frase em árabe “القدس لنا”, que significa “Jerusalém é nossa”, além da mensagem “Nós estamos chegando”.
“Na caixa de presente colocamos uma masbaha, uma hata, um keffiyeh, uma bandeira da Palestina, duas camisetas com estampa e assinatura de Carlos Latuff (uma para o presidente e outra para primeira dama), bottons e três cartas”, diz a publicação dos ativistas no Instagram.
Uma das cartas era do Movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), um grupo pró-palestina que defende o isolamento de Israel a ponto de inviabilizar a existência do país. No documento, um pedido para que o Brasil corte relações com o Estado israelense.
“Estamos felizes e honrados pelo privilégio e, na ocasião, solicitei ao presidente que ajude a salvar nosso povo do genocídio que está sendo brutalmente perpetrado pelo estado sionista de Israel”, pontua a publicação do Comitê Catarinense.
O encontro de Lula com os ativistas palestinos chegou ao conhecimento das autoridades israelenses. O assessor digital do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Hananya Naftali, expressou repúdio através das redes sociais:
“O presidente do Brasil Lula acaba de se reunir com um grupo pró-palestino e orgulhosamente vestiu um keffiyeh. Lula está muito ocupado se reunindo com radicais para se importar com o futuro do Brasil. Perigoso e vergonhoso!”, alertou Naftali.
A cantora Ana Paula Valadão comentou a publicação de Naftali em reprovação à aproximação de Lula com os ativistas palestinos: “Tá repreendido em nome de Jesus”.
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