A Austrália terá um plebiscito para definir se o casamento gay será legalizado no país, e o pastor Brian Houston, fundador da Hillsong Church, aproveitou para frisar que a visão cristã se opõe à homossexualidade e à deturpação da união entre um homem e uma mulher.
O líder evangélico afirmou que o resultado do plesbicito – que será realizado entre 12 de setembro e 07 de novembro – terá “um grande impacto” na sociedade, podendo, inclusive, interferir na rotina das igrejas.
“Eu acredito que a palavra de Deus é clara e que o casamento acontece entre um homem e uma mulher. Os escritos do apóstolo Paulo sobre o tema da homossexualidade também são claros, como mencionei em declarações públicas anteriores”, disse Brian Houston no comunicado público.
O pastor, inclusive, contextualizou o cenário do ativismo LGBT da Austrália, semelhante ao restante do mundo, em que os militantes rotulam a oposição ao casamento gay como ódio: “Alguns dos que defendem o casamento gay confundiram as convicções de fé com fanatismo, mas eles devem entender que as crenças cristãs são importantes para aqueles que as mantêm e são vitais para uma sociedade livre e tolerante”, enfatizou Houston.
Ciente de que há, no meio cristão, pessoas que ainda não compreenderam que a mensagem do Evangelho não é de imposição, o pastor lamentou que alguns “usem o cristianismo para condenar aqueles que são homossexuais”.
“Como pastor cristão, sempre prego de acordo com as Escrituras e minhas convicções pessoais, mas não posso fazer as escolhas de outras pessoas. Deus criou a humanidade com livre arbítrio e me importo com todas as pessoas, incluindo aqueles que pensam de maneira diferente de mim”, ponderou, sugerindo tolerância a ambas as partes.
Brian Houston citou o exemplo da Hillsong Church, que atua em diversos países onde a união entre pessoas homossexuais é legalizada, e ainda assim, se mantém firme com suas convicções e atuando de forma relevante. E, dessa forma, incentivou os fiéis australianos a se manifestarem nas urnas a respeito do que pensam sobre o assunto.
“Enquanto não forçamos a legislação a se comprometer com nossas convicções bíblicas, podemos continuar funcionando independentemente do resultado deste plebiscito”, pontuou.
“Eu acredito que muitos que são referidos como a ‘maioria silenciosa’ têm opiniões sobre esse assunto, mas permitem que vozes mais altas e agressivas controlem o diálogo público. Este plebiscito nos fornece uma voz igual e não devemos perder essa oportunidade”, acrescentou, concluindo seu comunicado.