Ser cristão em determinadas religiões da Índia pode significar sérios problemas com os hindus, incluindo o risco de perder a própria vida pelo simples fato de assistir um filme sobre a vida de Jesus Cristo.
Essa realidade foi vivenciada por Immanuel Tirkey e mais 100 pessoas diferentes na área de Kodaila, na vila de Jamalpur, setor Leste da Índia, país onde a maioria da população segue o hinduísmo, uma religião milenar que a credita na reencarnação e possui cerca de 300 milhões de deuses diferentes.
Em 23 de agosto passado, Tirkey estava assistindo o filme “Ele voltará” na casa de uma mulher cristã identificada como Anandi, junto com outros moradores locais, quando um homem hindu apareceu, pedindo para saber quem era o responsável da transmissão.
Ao se identificar, o hindu pediu para Tirkey baixar o volume do áudio do filme por várias vezes, até que não tinha mais como baixar, sem cortar completamente o som. Após esse primeiro incidente, os cristãos estavam recolhendo os seus pertences, quando perceberam vários hindus indo de encontro ao local.
“Era meia-noite, e logo uma multidão de 250 hindus de classe alta e raivosos apareceu com lathis [paus pesados amarrados a ferro] e barras de aço”, disse Tirkey, que se refugiou na casa de uma família cristã, junto com outros irmãos em Cristo.
Do lado de fora, “eles gritavam com a família que diziam estar apoiando a conversão de hindus para uma fé estrangeira e que deveríamos ser mortos”, disse Tirkey. “‘Solte-os para nós. Vamos ver o fim deles’, continuaram gritando. Nós não sabíamos o que fazer”.
Acuados, os cristãos ligaram para a polícia local. “Mais de uma hora depois que a polícia tentou acalmá-los, eles insistiram que pelo menos um de nós deveria ser entregue a eles, e só então eles deixariam os outros quatro saírem da vila”, disse Tirkey.
“Eles exigiram que pelo menos um de nós fosse espancado até a morte para nos ensinar uma lição e que seria o fim do cristianismo na aldeia”, acrescentou o cristão, segundo o Morning Star News.
Os hindus só foram dispersos quando a polícia ameaçou prendê-los. Ainda assim, os cristãos tiveram dificuldades para sair da aldeia. “Dissemos a eles que viemos aqui apenas para passar algum tempo em oração e comunhão, para não prender ninguém e não colocar ninguém em apuros”, concluiu Tirkey