O transtorno obsessivo-compulsivo, mais conhecido como TOC, é uma doença de ordem mental e comportamental que afeta muitas pessoas. Em alguns casos ela se torna tão grave que impede a realização de atividades comuns do dia-a-dia, como trabalho e estudo de forma regular.
O americano Will Vining conhece bem essa realidade, pois ele começou a sentir os primeiros sintomas do TOC aos 11 anos de idade. Ele explica que à ansiedade por algumas coisas foi se transformando aos poucos em uma obsessão incontrolável.
“Ao contrário da ansiedade normal, uma obsessão é um loop em que seu cérebro está preso, semelhante a um disco quebrado, é muito difícil seguir em frente”, disse ele ao Christian Post.
“Minhas compulsões vieram de várias formas, a primeira que eu lembro é de ligar e desligar uma luz várias vezes. Eu costumava passar minutos ligando e desligando a luz do meu quarto. No entanto, essa não era a minha única compulsão, eu voltava para dentro e para fora das portas, contava até dez vezes repetitivas, piscava obsessivamente e até orava a mesma coisa repetidas vezes”, lembra.
Will lamenta a forma como muitos enxergam esse tipo de problema, desprezando a sua gravidade por achar algo “bobo”. Na verdade, o preconceito apenas prejudica quem lida com o TOC e precisa de ajuda para superar a doença.
“Alguém com TOC não está sob a ilusão de que algo realmente acontecerá. No entanto, o ‘e se’ é rei em nossas mentes. É como uma coceira que deve ser arranhada, e se você a coçar, isso só piorará. É por isso que se chama Desordem de Compulsão por Obsessão. A pessoa tem uma obsessão e uma compulsão é feita para aliviar a obsessão”, explica.
A vida de Will mudou quando aos 20 anos ele não suportou a forma como estava vivendo, com tantos rituais diários de repetição. Seu relacionamento com Deus também estava prejudicado, já que até suas orações eram frutos da compulsão.
Assim, quando esteve em um restaurante com sua família, ele entrou em desespero e decidiu tomar uma atitude radical.
“Eu tinha 20 anos e clamei a Deus uma noite no chão de um restaurante indiano em Stillwater, Oklahoma. Se eu fosse usar a frase clichê, que eu não gosto, eu diria: eu fui a Jesus”, disse ele, reconhecendo que a partir dali toda a sua ansiedade “foi esmagada” pela cura de Deus.
“Pela primeira vez na minha vida, percebi que Deus está no controle e que Deus é soberano. Não era que ele não deixasse coisas ruins acontecerem, é que se coisas ruins acontecem, e mesmo assim ele ainda é soberano”, disse ele.