A violência doméstica é uma triste realidade que afeta milhões de mulheres dentro e fora do Brasil. Em um caso recente, por exemplo, uma jovem foi agredida pelo namorado por não ter lhe pedido “autorização” para ir à igreja.
O caso de violência aconteceu em Anápolis, região que fica localizada a 55 km de Goiânia, no último dia 12. Segundo relatos da Polícia Civil, o homem teria batido na mulher de 25 anos após ela retornar da igreja.
O agressor já foi preso e será julgado com base na lei Maria da Penha, segundo informações do G1.
Violência doméstica na Igreja
A violência doméstica não é um acontecimento presente apenas no meio secular. Infelizmente esse é um tipo de crime que também está presente no seio da Igreja de Cristo, algo do qual a psicóloga e escritora Marisa Lobo conhece e já denunciou.
“A mulher tem sido agredida, oprimida… e pior, pastores não deixam elas irem na delegacia da mulher e ainda ameaçam às vitimas espiritualmente, dizendo que se elas denunciarem trarão escândalo para a igreja”, escreveu Marisa em um comunicado para o Gospel Mais em outra ocasião.
A declaração de Marisa Lobo surgiu após ela receber vários pedidos de ajuda de mulheres que sofrem violência doméstica, mas que encontram resistência por parte de alguns líderes, o que alimenta ainda mais o cenário de impunidade para com os criminosos.
“Em todos os meus cultos sobre família tenho falado sobre isso… do impacto negativo que essas agressões provocam em varias gerações”, disse Marisa, lembrando que em alguns casos há pastores que silenciam por causa do medo do escândalo em suas igrejas, algo que deve ser repudiado, segundo a psicóloga.
“Os últimos relatos são difíceis de acreditar! É impossível que exista conversão nessas mentes doentias. Falo doentias, porque muitas vezes esses homens estão reproduzindo a violência sofrida por suas mães [agredidas pelos maridos]”, disse ela.
Finalmente, Marisa Lobo afirmou que nenhum tipo de violência doméstica deve ser tolerado. A mulher vítima desse tipo de abuso deve pedir ajuda, denunciando o seu agressor, uma vez que a prática por si só representa uma quebra de contrato do amor no casamento, uma condição existida por Deus, conforme ensinamento de Efésios 5:25-29.
“A violência contra a mulher é uma agressão ao Criador e em hipótese alguma as mulheres devem se sujeitar a qualquer tipo de agressão, denunciando o agressor às autoridades competentes a fim de que o sofrimento imposto pela violência cesse definitivamente em sua casa”, conclui a psicóloga cristã.