Uma iniciativa de duas igrejas localizadas nos bairros Tenderloin e Mission, em São Francisco, Estados Unidos, está permitindo com que moradores de rua possam utilizar os espaços dos templos para dormir, se alimentar e receber orientação espiritual e psicológica.
Se trata do projeto “The Gubbio”, criado pela ativista social Shelly Roder e o padre Louis Vitale. Ambos idealizaram usar o espaço de dois templos católicos, o de São Bonifácio, em Tenderloin e São João Evangelista, no distrito de Mission, como forma de integrar moradores de rua ao convívio social, lado aos membros das igrejas.
Às 6h da manhã, durante a primeira missa, os templos abrem suas portas aos desabrigados, ao mesmo tempo em que os fiéis entram para a celebração religiosa. Segundo o site oficial do projeto Gubbio, dois terços do templo ficam reservados aos sem-teto, e o restante para os fiéis.
Enquanto descansam, os moradores de rua recebem apoio psicológico e espiritual, além de alimentação. Nenhum deles precisa se inscrever em nada, fazer cadastros ou mesmo dizer o nome. “Nenhuma pergunta é feita quando nossos convidados entram nas igrejas; em um esforço para remover todas as barreiras à entrada”, diz a organização.
“Isso envia uma mensagem poderosa aos nossos vizinhos desabrigados – eles são, em essência, parte da comunidade, para não serem expulsos quando aqueles com casas entram para adorar. Também envia uma mensagem aos participantes da missa – a comunidade inclui os cansados, os pobres, os que têm problemas de saúde mental e os que estão molhados, com frio e sujos”, ressalta o projeto.
O projeto Gubbio distribui mensalmente um total de 150 cobertores, em média, 100 pares de meias por semana, além de 75 kits de higiene que incluem shampoo, condicionador, loção e sabão, 75 aparelhos de barbear e 50 escovas de dentes, também por semana.
“Os capelães inter–religiosos estão disponíveis 5 horas por dia, 3 dias por semana, para fornecer acompanhamento e escuta sem julgamento”, observa a entidade, que também oferece serviços de enfermaria e assistência social. Assista o vídeo abaixo: