Uma igreja que mantinha um ministério social que entregava refeições a pessoas sem-teto foi proibida de continuar atuando pela prefeitura. O caso foi à Justiça, e agora as autoridades terão que ressarcir as despesas da congregação com o custo do processo.
A Igreja Episcopal de St. Timothy mantinha um ministério social que entregava refeições gratuitamente a pessoas sem-teto durante vários dias da semana. Porém, uma norma da prefeitura de Brookings, no estado do Oregon (EUA), impediu que o trabalho fosse mantido.
A igreja recorreu à Justiça e na semana passada a prefeitura fechou um acordo se comprometendo a revogar a norma que impedia o trabalho social e se comprometendo a custear as despesas do processo, que somaram US$ 418 mil (equivalente a R$ 2,2 milhões na cotação atual).
Durante o processo, a igreja recebeu o apoio do Departamento de Justiça dos EUA, que apresentou uma declaração de interesse no caso em novembro passado, apoiando o trabalho junto aos moradores de rua.
Ao todo, a prefeitura terá que pagar US$ 375 mil ao escritório Stoel Rives LLP e US$ 43 ao Oregon Justice Resource Center, de acordo com informações do portal The Christian Post. A igreja poderá retomar seu ministério social imediatamente.
“Certamente não precisava chegar a esse ponto, mas tínhamos que defender nossas liberdades religiosas”, disse o padre Bernie Lindley. “Estamos muito felizes que tudo isso tenha acabado e que possamos voltar a atender às necessidades dos marginalizados em nossa comunidade sem a distração deste processo”, acrescentou.
O membro do Conselho Municipal de Brookings, Clayton Malmberg, disse em uma reunião na semana passada que foi “infeliz que as coisas tenham chegado tão longe”, mas que o desfecho permite à cidade deixar o episódio para trás: “Tudo isso meio que surgiu de não ser um bom vizinho, na minha opinião, e não trabalhar com sua comunidade para encontrar um caminho a seguir e abordar as necessidades, minimizando os impactos”.