A iniciativa de um grupo de igrejas está fazendo a diferença para pessoas que vivem em situação de rua no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Tudo começou quando os membros e seus pastores resolveram aproveitar o espaço excessivo dos estacionamentos para construir abrigos populares.
O projeto ficou conhecido pela sigla YIGBY, que no português significa “Sim, no quintal de Deus”. A ideia é fazer com que parte do estacionamento das igrejas seja utilizada para construir abrigos para os moradores de rua, amenizando assim a condição de exclusão social que tais pessoas vivenciam na sociedade.
Para o pastor Jonathan Doolittle, líder da Igreja Luterana de Clairemont, a iniciativa reflete diretamente o ensinamento de Jesus Cristo de amar o próximo como a si mesmo, tendo um olhar de atenção em especial para com os excluídos da sociedade, um público que às vezes passa despercebido até mesmo pelas igrejas.
“Jesus claramente nos diz para manter os olhos abertos para aqueles que precisam”, disse o pastor, segundo informações do Religion News Service.
Tom Theisen, por sua vez, um advogado aposentado e ex-presidente da Força-Tarefa Regional para os Sem-Teto, explicou que existem muitos espaços mantidos por igrejas que não utilizados e poderiam ser aproveitados para acolher os moradores de rua.
Igrejas em ação
A proposta é o acolhimento, mas obviamente existe a expectativa de que o trabalho não se resuma a isso, mas que alcance também a vida espiritual dos moradores através do testemunho de amor ao próximo mantido pela igreja, de modo que o Evangelho de Jesus Cristo seja anunciado por meio da prática acolhedora.
“Se olharmos para isso da perspectiva de ‘como ajudamos as igrejas a ajudar os necessitados em sua comunidade e analisá-la em todo o país’, estamos falando de centenas de unidades habitacionais em potencial, possivelmente milhares”, disse Theisen.
O reverendo Krista Fregoso também acredita que essa iniciativa pode fazer com que outras igrejas enxerguem suas propriedades de forma diferente.
“Essa é apenas uma parte de como vivemos nossa fé. Esperamos ser um modelo para outras comunidades religiosas que possam ver suas propriedades de uma maneira diferente”, disse ele.