A Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local onde supostamente Jesus teria sido sepultado, corre o risco de fechar as portas por causa de uma dívida com a companhia de água local. De acordo com informações divulgadas pelo jornal israelense “Maariv”, a dívida da igreja é de US$ 2,3 milhões (R$ 4,6 milhões).
De acordo com o jornal, a Igreja Grega Ortodoxa de Jerusalém, responsável pelo templo, e cuja sede oficial fica no local, teve suas contas congeladas por causa da dívida e ameaça fechar as portas do templo ao público caso as contas não sejam normalizadas.
A igreja, que está localizada dentro da Cidade Velha de Jerusalém, é um centro de peregrinação para milhões de cristãos de todo o mundo. O templo foi construído na região da colina conhecida como Calvário, onde, de acordo com a crença cristã, Jesus foi crucificado, sepultado, e também o local onde ele recussitou. A igreja foi construída por ordem do imperador romano Constantino, no século 4.
O “Maariv” informou também que existe, há décadas, um acordo entre a igreja e a prefeitura de Jerusalém, que exime a Igreja Ortodoxa de pagar pela água encanada da igreja do Santo Sepulcro. Porém, a companhia de água da região afirma estar tentando há anos conversar com a igreja para que uma nova solução seja encontrada. A companhia afirma que não corta a água do Santo Sepulcro para não atrapalhar as orações e atividades turísticas dos peregrinos.
Evitando falar sobre o assunto, o arcebispo de Constantina, Antonios Peristeris, que também é o secretário-geral da Igreja Grega Ortodoxa, disse que a igreja está pagando as contas de água atuais normalmente, mas que seria um grande problema pagar a dívida acumulada no passado.
Ele disse ainda que já pediu auxílio ao presidente de Israel, Shimon Peres, e ao primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu para lidar com o assunto.
– Nós confiamos que Deus e que as pessoas nos ajudarão – afirmou Peristeris.
Por Dan Martins, para o Gospel+