A Igreja Mundial do Poder de Deus parece estar tendo grandes dificuldades para conseguir honrar os seus compromissos financeiros. Agora, por determinação judicial, a denominação terá 10% do seu faturamento penhorado por causa de uma dívida de aluguel.
A decisão foi tomada pela juíza Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman, da 2ª Vara Judicial de Nova Odessa, em São Paulo, após uma ação judicial defendida pelo advogado José Carlos Camargo fazer a petição.
“Tendo em vista os argumentos expostos a fl. 356 e melhor revisando os autos em que há demonstração de que a executada tem sido amplamente demandada judicialmente por dívidas das mais variadas, dificultando a localização de patrimônio livre e desembaraçado, revejo meu posicionamento anterior para deferir penhora sobre o faturamento da executada Igreja Mundial do Poder de Deus, em 10% (dez por cento), sem prejuízo de nova avaliação, após a elaboração do plano de administração”, diz a magistrada na sentença.
Dívidas
A dívida em questão é de apenas R$ 35 mil, segundo a revista jurídica CONJUR, mas essa não é a única devida pela Igreja Mundial do Poder de Deus. No ano passado, por exemplo, a denominação também foi processada por dever R$ 8,8 milhões em aluguel de satélite à operadora Claro.
Também por causa de dívidas de aluguel, a Justiça decidiu esse ano que um templo da Mundial avaliado em R$ 260 milhões deveria ser leiloado. O imóvel chegou a ter um lance inicial estipulado em R$ 38,5 milhões.
No caso de Odessa, a magistrada também determinou a avaliação das condições econômicas da Mundial.
“Com a nomeação, o administrador-depositário será investido de todos os poderes que concernem à administração do bem e à fruição de seus frutos e utilidades, perdendo o executado o direito de gozo do bem, até que o exequente seja pago do principal, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios”, decidiu a juíza.