Fazer ou não culto a Deus, coletivamente, durante a pandemia do novo coronavírus? Essa é uma questão que tem divido opiniões e causado discussão até mesmo entre lideranças religiosas, a exemplo do que aconteceu com uma igreja nos Estados Unidos.
A Bethel Open Bible Church, igreja proprietária de um edifício que abriga outra denominação, resolveu tomar uma decisão radical para evitar que o pastor da congregação pudesse realizar um culto coletivo em pleno surto de coronavírus.
O pastor Jon Duncan, da Cross Culture Christian Center, anunciou para os membros da sua denominação que iria realizar o culto de Páscoa, mesmo existindo um decreto na Califórnia, estado onde está localizada a denominação.
O pastor argumentou que a liberdade de fazer o culto é um direito constitucional inviolável dos americanos. “Fomos informados de que o prédio foi fechado para nós, que eles mudaram as fechaduras” disse ele, segundo o portal UOL.
“Nós vamos nos reunir sempre que possível, acreditamos que esse é um direito protegido pela 1ª Emenda (da Constituição dos EUA) e deve ser considerado essencial”, argumentou o líder religioso.
Uma advertência pública foi emitida contra a abertura do templo, foi enquanto quando a igreja responsável pelo aluguel do edifício, a Bethel Open Bible Church, entrou em ação e mandou trocar às fechaduras do prédio, impedindo a realização do culto.
Outra visão
Se por um lado há quem acredite necessitar do templo físico para cultuar a Deus, de outro a maioria dos pastores estão certos de que os verdadeiros adoradores O adoram em espírito e em verdade, não precisando violar decretos municipais para celebrar a Páscoa.
O pastor Max Lucado, por exemplo, reconhece o momento delicado provocado pela pandemia, e entende que os cristãos devem fazer uma reflexão acerca dos sinais bíblicos sobre os últimos dias antes da segunda vinda de Cristo.
“Acho que é um momento em que precisamos alimentar nossa fé. Se você alimentar sua fé, seus medos morrerão de fome. Se você alimentar seus medos, sua fé morrerá de fome. Nossa tendência é alimentar nossos medos. Temos que fazer coisas intencionais para alimentar nossa fé”, aconselhou Lucado.