O templo cristão construído no local onde acredita-se que Jesus foi sepultado após a crucificação está à beira de um colapso, e para evitar que o prédio desabe, as três denominações que controlam o local entraram em um acordo a respeito das obras de restauração.
As igrejas Ortodoxa Grega, Ortodoxa Armênia e Católica vão investir o equivalente a US$ 3,4 milhões na restauração da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Os trabalhos de restauração, de acordo com informações do Christian Post, incluem a remoção de camadas de pintura do lado exterior do túmulo e a reparação das paredes do templo e sua estrutura.
O alerta para a fragilidade do templo foi dado pelo governo de Israel, que no começo deste ano constatou que a estrutura estava à beira de um colapso, devido ao desgaste sofrido ao longo de séculos.
O patriarca da Igreja Ortodoxa Grega Theophilos II afirmou que a obra “entregará o que prometeu”. O projeto vai contar ainda com uma doação do rei da Jordânia, um país com forte presença de muçulmanos.
Para o vigário patriarcal de Jerusalém, dom William Shomali, classificou a participação do governo jordaniano no financiamento às obras como “excelente notícia”, e agradeceu “a bondade do rei para com os cristãos e sua preocupação constante em preservar a herança do cristianismo”.
Sobre esse ponto, Theophilos III disse que a generosidade do rei mostra que as religiões cristãs e muçulmanas podem se relacionar em paz: “Estamos colhendo os frutos desses esforços nesta idade em que as guerras sectárias estão queimando países inteiros, como pode claramente ser visto”, disse.
“Sua majestade reitera constantemente que os locais sagrados muçulmanos e cristãos de Jerusalém estão em uma linha vermelha, que a Jordânia não vai permitir que seja cruzada. Além disso, a Jordânia continua a defender as suas responsabilidades religiosas e históricas para a totalidade do Al Haram Al Sharif com o máximo empenho e seriedade”, acrescentou Theophillos III.
A Jordânia desempenha um papel institucional em Jerusalém, empregando suas forças militares para controlar o Monte do Templo, onde está erguida a Mesquita Al-Aqsa e onde, um dia, já esteve o Templo de Salomão. A presença militar do país vizinho a Israel é uma forma de garantir, pacificamente, o trânsito de judeus e palestinos pelo local.