Autoridades da Itália investigam imigrantes muçulmanos do norte da África de terem cometido “múltiplo homicídio agravado por ódio religioso”. A suspeita é que os adeptos do islamismo tenham jogado ao mar imigrantes cristãos durante a viagem rumo à Europa.
A Europa tem vivido um fenômeno imigratório bastante chamativo nos últimos anos, recebendo pessoas que se arriscam em embarcações precárias, partindo da África, numa tentativa de conquistar a oportunidade de lutar por uma vida melhor.
Somente na última semana, mais de 10 mil imigrantes desembarcaram na Itália, segundo as contas da Guarda Costeira Italiana. Há na comunidade europeia a suspeita de que, entre os muçulmanos, estariam soldados do Estado Islâmico e outros grupos extremistas, que estariam viajando ao Velho Continente com a missão de espalhar o terrorismo da jihad.
A partir de depoimentos das testemunhas, a polícia de Palermo, na Itália, acredita que os muçulmanos jogaram doze cristãos da embarcação durante uma discussão, segundo informações da BBC. Os investigadores acreditam que a chance desses cristãos terem sobrevivido é ínfima.
Os imigrantes cristãos eram oriundos de Gana e Nigéria. Já os muçulmanos são da Costa do Marfim, Senegal, Mali e Guiné. Todos faziam parte de um grupo de 105 pessoas que partiram da Líbia na terça-feira, 14 de abril, em um barco inflável.
O papa Francisco, que encara a situação como um caso de calamidade pública – a maioria dos que se arriscam na viagem precária entre os continentes fogem de guerras civis e da miséria de muitos países africanos -, fez inúmeros apelos às autoridades do continente para que ajudem os imigrantes.
A perseguição religiosa de muçulmanos contra cristãos também foi tema de uma homilia do papa durante a Páscoa, quando destacou que os seguidores de Jesus são os que mais morrem em decorrência da intolerância.