Desde que boa parte da imprensa mundial passou a divulgar manchetes acusando Israel de um ataque que, supostamente, teria destruído um dos maiores hospitais na Faixa de Gaza, uma onda de protestos de simpatizantes do Hamas começou a surgir pelo mundo.
Inflados pela imprensa, os manifestantes pró-Palestina se multiplicaram não só no Oriente Médio, mas também em países como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha e até no Brasil, que registrou protesto em Brasília.
Mesmo com o governo de Israel vindo a público negar a autoria do ataque, apresentando evidências de que, na verdade, o ataque ao hospital foi consequência de um foguete defeituoso disparado pelo grupo terrorista Jihad Islâmica, os protestos não diminuíram e culminaram em atos violentos, como o ocorrido em uma sinagoga de Berlim, na Alemanha, na madrugada desta quarta-feira (18).
Duas pessoas encapuzadas atiraram bombas incendiárias, conhecidas como coquetéis molotov, contra o templo judaico. Segundo informações do jornal alemão Tagesspiegel, o ataque ocorreu por volta das 03h45 (hora local) contra o edifício que fica situado na comunidade Kahal Adass Jisroel. Ninguém ficou ferido na ocorrência.
Repúdio
O chanceler alemão Olaf Scholz, repudiou o ataque ao templo judaico, afirmando que a Alemanha não vai tolerar antissemitismo em seu território, e que os responsáveis pelo atentado serão investigados.
“Ataques contra instituições judaicas, motins violentos nas nossas ruas – isto é desumano, repugnante e não pode ser tolerado. O antissemitismo não tem lugar na Alemanha. Os meus agradecimentos às forças de segurança, especialmente nesta situação”, declarou o chanceler.
Ao comentar a repercussão mundial dos protestos inflada por parte da imprensa, o jornalista Milton Neves cobrou uma retratação: “Todas as empresas de mídia que ontem publicaram, o que agora é claro, falsas alegações do Hamas deveriam emitir um pedido público de desculpas esta manhã e divulgar novos padrões editoriais sobre como irão lidar com as alegações de grupos terroristas no futuro”, escreveu o comunicador.
“Por favor, considerem o dano que foi causado ontem ao veicular informações erradas com fontes inadequadas. Haverá vidas perdidas por causa disso, processos de paz interrompidos, ódio desencadeado porque você resolveu destilar antissemitismo disfarçado de reportagem”, completou Milton.
Todas as empresas de mídia que ontem publicaram, o que agora é claro, falsas alegações do Hamas deveriam emitir um pedido público de desculpas esta manhã e divulgar novos padrões editoriais sobre como irão lidar com as alegações de grupos terroristas no futuro. Aos jornalistas…
— Milton Neves (@Miltonneves) October 18, 2023