As autoridades do Irã consideram que o grupo terrorista Estado Islâmico “deixou de existir”. Em um pronunciamento através da emissora de TV estatal, o presidente do país, Hassan Rouhani, afirmou que os extremistas foram derrotados nos países vizinhos, Iraque e Síria, e já não atuam mais.
“Hoje, com a orientação de Alá e a resistência das pessoas na região, podemos dizer que esse mal foi removido da cabeça do povo ou foi reduzido. É claro que os restos continuarão, mas a base e as raízes foram destruídas”, disse Rouhani.
O presidente iraniano disse considerar o Estado Islâmico “responsável pela maldade, miséria, destruição e assassinato” cometidos em nome do islamismo ao longo dos últimos anos, e agradeceu o empenho das forças militares e políticas que atuaram em um esforço conjunto para atacar e acabar com o grupo.
“O Estado Islâmico é um grupo terrorista que foi alimentado e armado pelas principais potências mundiais e alguns países reacionários da região”, declarou Hassan Rouhani, fazendo críticas indiretas a Israel, de acordo com informações da agência EFE. “A maior parte do trabalho foi realizado pelo povo e pelos exércitos da Síria, do Iraque e do Líbano. Nós ajudamos, com base no nosso dever religioso islâmico”, prosseguiu o líder político.
Analistas internacionais, no entanto, não consideram que a expulsão dos terroristas dos territórios dos países citados tenha posto fim ao Estado Islâmico e nem seja suficiente para acabar com os atentados terroristas, pois estima-se que milhares de jihadistas tenham se espalhado pelo mundo em fuga disfarçada de migração.
O Irã apoiou o regime sírio de Bashar Al-Assad ao longo dos anos de conflito oferecendo assessores militares, principalmente dos Guardiães da Revolução, e combatentes voluntários xiitas, segundo informações do portal Uol.
Dessa forma, a expulsão do Estado Islâmico do território sírio representa uma vitória da Rússia, que apostou na manutenção de Al-Assad no poder, contra a abordagem adotada pelo governo dos Estados Unidos durante o mandato de Barack Obama, que queria depor o ditador.