Um grupo de alunos de uma escola de horário integal que se reunia no horário do almoço para estudar a Bíblia com a ajuda de um professor se tornou alvo de uma proibição ditatorial da direção da instituição, que resolveu impedir os estudos bíblicos no invervalo para as refeições.
O caso foi registrado na Hudsonville Elementary School, no condado de Ottawa, em Michigan (EUA). O distrito escolar (equivalente às diretorias regionais de ensino no Brasil) decidiu proibir o estudo da Bíblia feito por estudantes do quinto ano, mesmo que fosse uma iniciativa espontânea com acompanhamento voluntário de um professor.
Os representantes do Distrito Escolar emitiram um comunicado sobre a medida imposta, segundo informações do Charisma News: “O professor (que não via problema sobre o estudo da Bíblia porque era durante o almoço e feito de forma voluntária) teve de encerrar as reuniões. Continuaremos a comunicar e educar em todos os níveis nas políticas do distrito relacionadas à religião nas escolas”, dizia o documento.
A questão se tornou um problema quando a Associação de Ativistas dos Direitos Civis de Michigan descobriu que havia um grupo de estudo no horário livre: “Esta atividade ilegal e inconstitucional estava sendo realizada sem a notificação ou consentimento dos pais”, disse a organização em uma nota oficial.
Segundo os ativistas, “um dos pais disse que seu filho, que tem apenas 10 anos, foi selecionado para frequentar os estudos bíblicos”. O documento, no entanto, não dizia se a criança havia sido convidada ou participava de forma compulsória.
O Distrito Escolar também fez duras críticas ao professor e negou que tivesse consciência do grupo de estudo da Bíblia no horário do almoço. Ainda assim, os ativistas não se acalmaram: “Nós gostaríamos de ver o distrito tomar uma posição mais proativa na comunicação em todo o distrito de que professores e voluntários não devem estar envolvidos com a religião durante o dia na escola”, disseram.
O caso chamou atenção de líderes e formadores de opinião do meio cristão, e o colunista do portal Charisma News, Todd Starnes, comentou a situação ironizando a prioridade dada ao tema pelos responsáveis: “Aparentemente, a maior questão disciplinar nas Escolas Públicas de Hudsonville é que os jovens deixem os estudos bíblicos, mesmo na hora do almoço”, disse.