Um templo cristão erguido onde se acredita que Jesus realizou o milagre da multiplicação de pães e peixes foi alvo de um atentado em Israel na última quinta-feira, 18 de junho.
A igreja foi incendiada e o crime vem sendo considerado como de motivação por ódio religioso, de acordo com autoridades israelenses.
Os autores do incêndio vandalizaram as paredes do templo com uma pichação em hebraico d um trecho de uma oração do judaísmo que diz que “falsos ídolos serão destruídos”.
A pichação seria uma referência ao uso de imagens de santas e santos nos templos católicos, o que é considerado idolatria por diversas linhas religiosas, incluindo o judaísmo. A iniciativa de incendiar o templo, porém, é apontada como uma prática de extremistas.
De acordo com informações do telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, a igreja incendiada fica à beira do Mar da Galileia. O templo ficou destruído, e os monges beneditinos alemães que cuidam do lugar disseram ter ficado bastante assustados.
A Polícia afirmou que ninguém se feriu gravemente e anunciou que prendeu dez jovens, estudantes de uma escola religiosa judaica na região, suspeitos de serem os autores do crime de ódio religioso.
Andreas Michaelis, embaixador da Alemanha, visitou o local e pediu que o governo de Israel se empenhe na garantia de proteção às instituições religiosas.
A Igreja Católica de Israel afirmou que interpreta o ato como parte de uma série de agressões contra cristãos, assim como tantas outras que têm ocorrido ao redor do mundo, principalmente no Oriente Médio.
O tema vem sendo tratado pelo papa Francisco de forma constante, e o líder católico tem demonstrado grande preocupação com a perseguição aos fiéis cristãos de diversas linhas doutrinárias. O pontífice pediu, reiteradas vezes, que as autoridades internacionais deem atenção aos ataques, que tem como um de seus principais e mais violentos protagonistas os terroristas do Estado Islâmico.