O pastor Marco Feliciano têm se tornado um dos convidados mais recorrentes do programa Pânico, da rádio Jovem Pan, e na entrevista concedida na última quinta-feira, 30 de janeiro, falou sobre temas diversos envolvendo a fé cristã, a visão conservadora e questões políticas.
Apoiador do governo do presidente Jair Bolsonaro, Feliciano comentou uma das falácias usadas pelos partidos de esquerda para atribuir a Jesus Cristo um ideal socialista, e pontuou que uma das vertentes desse pensamento é responsável por uma das maiores perseguições religiosas que já existiu contra cristãos.
“Jesus nunca foi socialista. Jesus é Deus e ele entende o ser humano de outro ponto de vista. Quando tentam colocar Jesus como comunista, isso é uma traição. O comunismo matou mais de 50 milhões de cristãos ao redor do mundo”, pontuou Feliciano.
Questionado sobre o uso de R$ 157 mil da Câmara dos Deputados para custear um tratamento odontológico, Feliciano disse que o mandato garante a ele certas prerrogativas e que se sente perseguido: “Fiz uma cirurgia odontológica porque eu tinha uma dor crônica no nervo trigêmeo. Fiz uma super cirurgia, mudei meu maxilar, e por isso mudei os dentes. O trabalho na Câmara dos Deputados me dá um plano de saúde que me dá direito a fazer isso. Então eu não cometi nenhum crime”.
“Mas eu fui perseguido por isso. Reembolso foi 157 mil, mas foi 180 mil reais. Tem deputados lá que já gastaram mais de 3 milhões em cirurgias estéticas e ninguém falou nada por isso”, defendeu-se.
Na visão do pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, o Brasil vive uma verdadeira guerra cultural, com a oposição de filosofias progressistas e conservadoras, e que a reação do lado oposto à esquerda se dá por conta do estrago causado pelos governos alinhados com essas ideologias.
“A guerra cultural deve permanecer por mais de 20 anos no país. Porque a esquerda fez um estrago grande no Brasil. Todos os extremos são perigosos, mas de repente começou a bater demais para a esquerda e a volta é violenta demais. Mas eu não vejo o Bolsonaro como um líder de extrema-direita, opinou o deputado.
Feliciano fez questão de ressaltar que igrejas foram alvo de ataques durante os governos petistas e que o posicionamento de uma parte do segmento a favor da volta do PT ao poder, os chamados “evangélicos de esquerda”, é algo que pode resultar em adversidade aos próprios cristãos.
“Quando eles estavam com o poder na mão eles destruíram [a igreja]. Tem igrejas hoje que estão com dívidas milionárias com o fisco. O Lula vai conseguir enganar os neófitos, os evangélicos de verdade conhecem a essência do PT. Evangélico que vota no PT está dando munição para o revólver que será colocado na cabeça dele”, disparou Feliciano no programa.
A polêmica envolvendo o dramaturgo Roberto Alvim, ex-secretário de Cultura do governo federal, também foi comentada por Marco Feliciano, que considerou a alusão ao nazismo uma “barbaridade”: “Ele é uma pessoa culta e eu não sei o que aconteceu. Não sei se alguém escreveu o discurso e ele leu, mas ofendeu demais, principalmente os judeus. O Brasil nunca esteve tão próximo de Israel. Eu acho que ele nem sabia o que estava fazendo. Mas não se desculpou por isso e aí foi arrogância”, opinou.