O zagueiro Alex Silva enfrentou o fundo do poço em sua carreira, mas após sua conversão ao Evangelho tenta, aos 31 anos, reconstruir parte do sucesso que havia conquistado em meados da década passada.
Atualmente, Alex Silva é jogador do Jorge Wilstermann, da Bolívia, onde disputará sua quinta Libertadores da América. Mais conhecido no país por sua passagem vitoriosa no São Paulo, o alteta chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira, jogou na Europa e também em grandes clubes como o Flamengo e o Cruzeiro.
Hoje, mais maduro, está prestes a ser pai pela terceira vez, e diz que os erros frequentes são coisas do passado: “Essa transformação na minha vida vem de Jesus Cristo, de Deus. A partir do momento em que busquei na fé um caminho de transformação, de restauração, acredito que me transformei por inteiro”, pontou.
“Me deu mais mansidão, tranquilidade, confiança e paciência em determinadas situações. Tenho que ressaltar que o evangelho transforma o ser humano em bom pai, em bom marido, bom filho e bom profissional. E isso não tem idade. O que vivi no passado foram coisas onde não sabia diferenciar o errado do certo. Acredito que hoje estou colhendo frutos do que estou plantando. No passado, não tive uma estrutura na carreira”, acrescentou.
O fundo do poço foi a passagem pelo Flamengo, em 2011, depois de jogar pelo Hamburgo, da Alemanha. De acordo com informações do GloboEsporte, Alex Silva não foi bem no clube carioca, foi afastado do elenco e chegou a ser emprestado para o Cruzeiro, onde também não teve grande desempenho.
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A decisão de sair do Flamengo foi errada, segundo o jogador, mas resultou na necessidade de reflexão e correção de rota: “Foi um erro por ouvir e ir pela opinião de outras pessoas, achava que queriam meu bem, me ajudar, mas só me prejudicaram fora de campo. Um jogador que veste a camisa do Flamengo não pode sair para uma Série B do Brasileiro (deixou o clube e foi para o Boa Esporte na época)”, analisou.
“Acabei me lesionando de forma grave, parei por seis meses, e ali minha carreira começou a declinar. As coisas começaram a não dar certo e comecei a focar em outras coisas que não eram o futebol, coisas do mundo, e cada vez mais ia me afundando e me prejudicando [o álcool foi uma delas – em 2014, foi detido por dirigir embriagado]”, relembrou.
Agora, vida nova: “O importante é que estou feliz e vivendo fase excepcional. Agora é dar sequência no trabalho”, garantiu.