Uma jogadora de futebol profissional ficou de fora de um jogo por se recusar a usar a camisa do time com alusão às cores do movimento LGBT e declarou que a decisão é uma demonstração de que está “comprometida com minha fé”.
Jaelene Daniels, zagueira do North Carolina Courage, time que disputa a Liga Nacional de Futebol Feminino dos EUA, informou a equipe que não participaria do jogo da última sexta-feira, 29 de julho, porque a camisa escolhida para a partida faria alusão ao ativismo LGBT.
De acordo com informações da emissora Fox News, o porta-voz do time comunicou à imprensa esportiva local que a jogadora de 29 anos havia decidido não disputar o jogo contra o Washington Spirit por causa das camisas LGBT.
“Jaelene não será escalada esta noite, pois tomou a decisão de não usar nossa camisa do orgulho gay. Embora estejamos desapontados com a escolha dela, respeitamos seu direito de tomar essa decisão por si mesma”, afirmou o porta-voz do time à ESPN.
“Estamos empolgados em celebrar a comunidade LGBTQIA+ com nossos fãs, jogadores e funcionários hoje à noite e estamos ansiosos para sediar nosso primeiro Festival do Orgulho antes do início da partida”, acrescentou o funcionário do clube.
Jaelene, que assinou um contrato de um ano com o Courage em dezembro, havia recusado uma oferta para jogar pela seleção feminina dos EUA em 2017 depois de recusar usar as camisas do orgulho gay, de acordo com a revista Sports Illustrated.
O time North Carolina Courage foi criticado quando contratou a jogadora e quando decidiu renovar seu contrato, sendo obrigado a divulgar uma nota oficial sobre o assunto:
“A decisão de renovar com a Jaelene não foi tomada de forma leve e incluiu conversas significativas entre a liderança da organização e Jaelene. A prioridade que foi falada nessas conversas é a segurança das nossas jogadoras e a manutenção de um espaço inclusivo e respeitoso para toda a equipe”, resumiu a nota.
Por seu lado, a zagueira falou sobre o tema em um comunicado à parte, comentando as críticas recebidas e afirmando que seu principal compromisso de vida é sua fé cristã:
“Continuo comprometida com a minha fé e meu desejo de que as pessoas saibam que meu amor por elas não é baseado em seu sistema de crenças ou sexualidade. Eu oro e acredito firmemente que minhas companheiras de equipe sabem o quanto eu as aprecio, as respeito e as amo”, declarou.
Rúgbi
Recentemente, um grupo de jogadores do time de rúgbi do Manly Sea Eagles, na Austrália, que seriam escalados para participar de uma partida da National Rugby League (NRL) se depararam com a notícia de que teriam que usar uma camisa LGBT+ e se recusaram a entrar em campo.
Os jogadores em questão são Josh Aloiai, Jason Saab, Christian Tuipulotu, Josh Schuster, Haumole Olakau’atu, Tolu Koula e Toafofoa Sipley.
A decisão dos atletas foi respeitada pelo técnico do time e pelos demais profissionais do clube, incluindo o presidente da Comissão Australiana de Rugby League, Peter V’landys: “Os jogadores não jogarão na quinta-feira e aceitamos a decisão deles. Esses jovens são fortes em suas crenças e convicções e daremos a eles o espaço e o apoio de que precisam”, declarou o técnico do time, Des Hasler.