A jogadora de futebol do Chicago Red Stars, Rachel Hill, ficou de pé durante o hino nacional em uma partida, enquanto suas companheiras se ajoelharam em reverência ao movimento Black Lives Matter (BLM).
O movimento, que em português significa “Vidas Negras Importam”, é uma iniciativa ativista internacional com origem na comunidade afro-americana, e se apresenta contra a violência direcionada a pessoas negras, especialmente por motivação racial.
Todavia, o ato de se ajoelhar em respeito ao movimento tem sido rejeitado por muitos e visto como um exagero, até mesmo como um gesto de submissão a uma causa ideológica, uma vez que o BLM é acusado de ter motivações marxistas, inclusive de empregar a violência contra os seus opositores, segundo a CBN News.
A atacante do Chicago Red Stars, no entanto, após a repercussão da sua decisão, explicou em rede social o motivo de ter permanecido de pé durante à abertura da Challenge Cup, liga de futebol feminino.
Ela disse que pensou bastante, mas o motivo foi o respeito aos militares e à bandeira nacional americana, pois sua família é composta por militares. Mas, ela também afirmou que apoia e respeita o movimento antirracista.
“Quando defendi o hino nacional antes do jogo mais recente do Chicago Red Stars, essa foi uma decisão que não foi fácil ou sem uma reflexão profunda”, compartilhou Hill.
“Eu escolhi ficar de pé por causa do que a bandeira significa inerentemente para mim e meus familiares militares. Mas eu apoio 100% meus colegas”, destacou.
A jogadora também disse que tentou demonstrar apoio e respeito durante o hino nacional, colocando a mão sobre a sua companheira de time, Casey Short, e inclinando a cabeça.
“Eu lutei, mas senti que essas ações mostram minha verdade e, no final, eu queria permanecer fiel a mim mesma”, escreveu Hill.
Ela explicou que conversou com alguns de seus colegas negros, incluindo a Casey, dizendo que “continuará aprendendo e crescendo”.
Rachel afirmou que está mais do que na hora de ser diligentemente antirracista, e citou Gálatas 5:14 durante a sua manifestação, reconhecendo o racismo como fruto do pecado e o amor ao próximo como forma de vencê-lo.
“Oro pelo reconhecimento da dignidade e valor de todas as pessoas. Nesse momento, a comunidade negra precisa de nós. Estou pronta para ajudar com ações significativas que levam a mudanças eternas”, concluiu ela.
Sua amiga, Casey, também relatou uma conversa que teve com Rachel, dizendo que entendeu a sua autenticidade e mensagem verdadeira através da sua atitude.
“Eu, Casey, só posso falar por mim, mas as conversas que tive com os jogadores, especificamente Rachel, foram autênticas e sem desculpas”, disse ela, segundo o Christian Head Lines.