Michael Brown é um escritor cristão e apresentador de rádio conhecido por sempre pontuar os fatos sociais sob a perspectiva evangélica dos Estados Unidos. Em uma entrevista recente, afirmou crer que uma “nova onda do Espírito Santo” está agindo em seu país, para sacudir a Igreja.
Desde o culto de oração que se estendeu por dias, chamado de Avivamento de Asbury, o escritor tem notado que esse seria um primeiro movimento para chacoalhar a Igreja norte-americana, com o propósito de protagonizar uma mudança social positiva.
“Estou profundamente convencido, como muitos, muitos outros cristãos na América, de que sem um avivamento abrangente na Igreja que impacte a sociedade, a América como a conhecemos estará acabada. Precisamos de algo radical para mudar”, declarou Michael Brown.
Nesse contexto, o escritor acaba de publicar um livro chamado Turn the Tide: How to Ignite a Cultural Awakening (“a virada da maré: como desencadear um despertar cultural”, em tradução livre), em que aponta os fatores que enxerga como necessários para que um avivamento leve a uma reforma no país.
“Estamos em uma situação urgente. Acredito que estamos vendo bolsões de Deus se movendo em diferentes partes da América. Então, temos que aproveitar este momento e depois trabalhar com Deus para mudar a maré”, declarou Brown.
Em entrevista ao The Christian Post, o escritor falou sobre temas como a derrubada do precedente jurídico Roe versus Wade, que liberava o aborto em todo o país e agora deixou de vigorar, e o aumento da rejeição social às bandeiras progressistas, como por exemplo a ideologia de gênero.
“Definitivamente são questões e batalhas de longo prazo. Muitas vezes, como seguidores de Jesus, temos uma mentalidade de curto prazo. Aqueles com outras agendas sociais, aqueles que lutam pelo que consideram ser igualdade e tolerância nas relações homossexuais ou aqueles que lutam pelo que dizem ser a autonomia da mulher, pró-aborto, etc., muitas vezes têm uma mentalidade de longo prazo”, descreveu.
Como exemplo disso, ele citou os “ideólogos marxistas nos anos 60 que falavam sobre a ‘longa marcha’”, que cobraria deles uma ação planejada e paciente para “mudar o pensamento dos americanos”.
“Agora vemos o quão bem-sucedidos eles foram”, lamentou o escritor, acrescentando que o trabalho da Igreja para influenciar a sociedade e conviver com movimentos radicais que “declararam guerra à religião” será árduo:
“A nossa posição é que se alguém não estiver a infringir a lei, pode viver a sua vida como quiser e tem de responder a Deus. Em outras palavras, os seguidores de Jesus não estão aqui para serem polícias morais e ver como as pessoas vivem em segredo e dizer-lhes o que podem e o que não podem fazer. Mas o outro lado é que muitos daqueles que estiveram na linha de frente do ativismo LGBTQ+ […] nos rotularam de ‘intolerantes’, classificaram as nossas opiniões como odiosas e disseram que não há lugar para o nosso ponto de vista”, resumiu.
Brown finaliza indicando que a Igreja deve “aproveitar o momento” e agir de forma decisiva: “Temos que dizer: ‘OK, agora nos empenhamos mais profundamente em oração. Agora nos dedicamos ainda mais ao alcance comunitário. Agora nos dedicamos ainda mais a fazer mudanças positivas no mundo que nos rodeia’. Se continuarmos a derramar o que Deus derramou, veremos um mover contínuo do Espírito. E vai crescer de ano para ano”, finalizou.