A visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será acompanhada de protestos que o grupo ativista Anonymous está agendando através do Facebook.
Os protestos serão divididos em dois dias, e usarão a figura papal para atrair a atenção às manifestações. Nesta segunda-feira, 22 de julho, a concentração dos ativistas será feita no Largo do Machado, às 18h00.
Na sexta-feira, o segundo protesto será chamado de “Grande Ato papa, veja como somos tratados”, e acontecerá na praia de Copacabana. O local será palco de uma concentração de dois milhões de fiéis que participam da JMJ. Os ativistas agendaram o encontro para às 17h00, na estação do metrô Cardeal Arcoverde.
“Não se trata de um protesto contra o papa nem a Igreja Católica […] A ideia é aproveitar a presença do papa, de seus turistas e da mídia global durante a celebração em Copacabana. Será mais um grito contra a corrupção e por serviços públicos mais dignos. Mas esse evento não é restrito a temas, cada um pode ter seu próprio pedido […] seja lá qual for a sua ideologia de pensamento”, esclarece o Anonymous, segundo informações do site do jornal O Estado de S. Paulo.
Os protestos do Anonymous, no entanto, começaram bem antes da concentração agendada para hoje. No Twitter, perfil do G1, portal de notícias da TV Globo, foi invadido por hackers ligados ao movimento e as publicações ligadas aos temas veiculados no site foram substituídos por mensagens de incentivo aos protestos e de repúdio à maior emissora do Brasil: “O que é seu está guardado, Rede Globo”, dizia um dos tweets.
Apesar de os protestos não serem direcionados à figura de Francisco ou à denominação romana, o Estadão ressaltou em sua reportagem que o Anonymous é contra os gastos públicos na realização do evento religioso.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+