Um jornalista habituado a atacar o governo do presidente Jair Bolsonaro decidiu fazer piada com a nuvem de gafanhotos que ameaçou invadir o Sul do país e aproveitou o tema para conjecturar sobre a morte do filho mais velho do mandatário, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Sérgio Augusto, colunista do jornal O Estado de S. Paulo, usou seu espaço para reiterar sua oposição intransigente ao governo. No começo do ano, em meio ao carnaval, ele já havia disparado contra a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, ao sugerir que usava uma “mamadeira de p*****” como Santo Graal.
Agora, o mal gosto do colunista o levou a enxergar semelhanças entre a nuvem de gafanhotos que desviou do Brasil com as dez pragas enviadas por Deus contra o faraó: “Um pesadelo de proporções bíblicas; pois, além do apocalipse profetizado por São João e prefigurado pela covid-19, uma nova versão da oitava praga do Egito, aquela dos gafanhotos, ameaça lavouras dos dois hemisférios”, introduziu.
“Quem leu a Bíblia sabe: depois dos gafanhotos vieram as trevas. Qualquer semelhança com os efeitos das tempestades de areia saariana que esta semana apagaram o céu de vários lugares mundo afora talvez não seja mera coincidência”, acrescentou.
Em meio à tentativa de fazer suas comparações terem algum sentido, o jornalista aproveitou para expressar sentimentos inconfessos: “E se a décima praga (a morte dos primogênitos) também vingar por estas bandas, Flávio Bolsonaro, o 01, não terá mais por que temer a justiça dos homens, só a divina”, escreveu.
Flávio Bolsonaro é acusado de ter praticado “rachadinha” em seu gabinete quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. A prática, ilegal, é comum das diferentes esferas do Poder Legislativo em todo o país. Recentemente, seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, foi preso num sítio em Atibaia, interior de São Paulo. Ele movimentou centenas de milhares de reais em sua conta, que seriam de valores entregues por funcionários do gabinete na ALERJ.