Carolina Arruda ficou conhecida no país por resolver tomar uma decisão desesperada, optando pela realização da eutanásia (morte assistida) em outro país, já que no Brasil essa prática não é permitida. Portadora de uma doença conhecida por causar a “pior dor do mundo”, ela falou sobre como está atualmente.
Carolina revelou que, por hora, decidiu fazer um novo tratamento, adiando a sua decisão pela eutanásia, pois se trata de um novo procedimento, o melhor existente, o qual lhe dá a esperança de que poderá suportar as dores que sente há mais de 10 anos.
“Eu decidi que não vou descartar a possibilidade de eutanásia, mas eu vou dar chance para esse tratamento. É um tratamento inovador com o mais moderno que existe na questão de dor no mundo”, disse ela numa entrevista para o Pleno News.
“Eu acho que ele [o tratamento] pode sim me ajudar. Eu estou com muita esperança nisso. Eu estou extremamente esperançosa. Era um sentimento que eu não sentia há anos: esperança”, completou.
A jovem de 27 anos é portadora de neuralgia do trigêmeo, uma condição que provoca “a pior dor do mundo”. Iniciando agora um novo tratamento, a esperança de Carolina é ter condições de poder ter uma vida minimamente normal.
“Eu quero viajar, eu quero levar minha filha para conhecer lugares diferentes. Eu prometi pra ela que se eu me livrasse dessa dor, a primeira coisa que a gente ia fazer é passar um tempo juntas”, disse ela, que é casada e mãe de uma menina de 10 anos.
Pedido de orações
Quanto à fé em Deus, Carolina disse que não possui mais fé, mas que se sente triste por isso. Ela, contudo, agradeceu o apoio e às palavras de incentivo, chegando a pedir orações por sua vida.
“Peço que orem mesmo por mim, porque eu mesma já não consigo mais fazer isso. É muito triste você não ter fé em alguma coisa. É muito triste você perder completamente a esperança de que exista algo que vá te ajudar ou que você tem um destino tratado, mas aquilo ali não é pra sempre”, concluiu.