A Justiça Eleitoral multou o candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra, em R$ 5 mil por propaganda considerada irregular, durante um culto na Igreja Apostólica Maravilha de Cristo.
A lei eleitoral permite que um candidato frequente cultos e até faça uso da palavra, mas o pedido de votos é vedado.
A decisão do juiz Manoel Luiz Ribeiro levou em consideração as afirmações do pastor que dirigia o culto, identificado como Atalaia, que se referiu a José Serra como “o futuro prefeito de São Paulo”.
No texto da decisão, o juiz afirma que o pastor pediu votos para o candidato “de maneira expressa” e que “além da propaganda irregular feita pelo pastor, o próprio candidato subiu ao púlpito e fez propaganda eleitoral em benefício próprio, mencionando sua candidatura, com pedido de voto”.
Durante seu discurso, José Serra cumprimentou os presentes com “a Paz do Senhor” e ressaltou a importância do envolvimento da igreja com a política, e sua influência positiva: “Nós queremos uma proximidade por uma razão básica. Quem precisa do governo não é a igreja, o governo é que precisa da igreja. Eu tenho dito isso sempre, em toda a minha vida. Por quê? Porque nós precisamos ter valores na sociedade, nós precisamos ter princípios. Isso é o contrário do país da permissão. Precisamos ter parceria, precisamos tratar daqueles que são vulneráveis, das crianças, dos idosos, dos dependentes químicos, isso o governo não sabe fazer”, afirmou o candidato durante o culto, de acordo com informações do portal Uol.
A assessoria de José Serra se recusou a comentar a decisão do juiz, mas questionou a validade do vídeo usado como evidência no processo. Assista neste link ao vídeo em que José Serra participa do culto na Igreja Maravilha de Cristo.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+