O deputado federal pastor Eurico (PSB-PE) voltou a se defender das críticas que tem recebido por ter hostilizado a apresentadora Xuxa Meneghel numa sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que discutia a “lei da palmada” na Câmara dos Deputados.
Mantendo seus argumentos, o parlamentar negou que tivesse pedido a saída de Xuxa da sessão da CCJ: “Como posso expulsar alguém da sua própria casa? A Câmara é a casa do povo. Inclusive o parlamento mais aberto do planeta é o brasileiro”, pontuou.
O projeto da “Lei da Palmada” vem sendo combatido pela bancada evangélica, e Eurico acredita que a proposta seja uma extrapolação das atribuições do governo: “Há dois anos discutimos isso. Não podemos fazer com que o Estado tenha responsabilidade que é dos pais. O Estado precisa cuidar de assuntos que envolva toda a sociedade e não questões de famílias”, disse ao site Se Liga Bocão.
Ainda na esteira das circunstâncias que o levaram a criticar Xuxa, o pastor alegou que apenas reagiu a uma intimidação velada da bancada governista: “Estávamos discutindo os termos do projeto quando ela [Xuxa] chegou acompanhada da ministra Ideli Salvatti, sentou na cadeira do presidente – o que o regimento não permite. Elas estavam lá como uma forma de intimidar. Não falamos nada porque ela não tinha direito à voz”, argumentou.
Eurico nega que tenha hostilizado Xuxa, mas reafirmou que não pode aceitar a aprovação da proposta que dá à lei o nome da apresentadora. “O que querem é que essa lei seja nominada como ‘Lei da Xuxa’. Ela é uma aberração. Eu não posso permitir que uma senhora que fez filme pornô com uma criança de 12 anos seja representante disso”, concluiu.