O cantor Leonardo Gonçalves fez mais uma declaração polêmica que indica seu mergulho na ideologia progressista: agora, o artista declarou que a técnica vocal “melisma” é exclusiva de “cantores pretos”.
“Evidentemente que o melisma é um recurso vocal que é propriedade dos cantores pretos. Inclusive, quando brancos fazem melismas, o termo correto é apropriação cultural. Eu, inclusive, na época não existia essa palavra, não existia esse conceito, não entendia que eu estava fazendo isso, não entendi que me beneficiei disso, mas aconteceu. Faz parte da minha realidade, da minha história, já falei sobre isso em alguns lugares”, disse Leonardo Gonçalves em uma live.
O conceito de “apropriação cultural” é muito usado por uma ala dos ativistas progressistas – ou “woke“, como são chamados nos EUA – para segregar a sociedade. Parte dos adeptos desse tipo de pensamento entende que indumentárias, formas de arte e outras expressões culturais são exclusivas de uma determinada etnia. Nos EUA e no Brasil, é muito comum esse tipo de queixa ativista se referir a elementos da cultura africana.
As denúncias de “apropriação cultural” partiriam da ideia de uma suposta reparação de danos causados à população negra, mas na prática terminam praticando o mesmo preconceito que dizem combater, afinal, tanto na África do Sul quanto nos EUA, o esforço de combater o racismo envolvia, exatamente, o fim do “apartheid”, a segregação de ambientes comerciais, igrejas, meios de transporte, escolas, bairros, entre outros.
Depois de ter se posicionado como alguém que “não representa os evangélicos”, o artista adventista fez outras demonstrações de adesão à ideologia “woke” (termo em inglês que significa “desperto”, e usado para se referir a uma percepção da realidade que seja politicamente correta).
Em dezembro do ano passado, Leonardo Gonçalves fez uma tentativa de “cancelar” a música O Nosso General é Cristo, porque a letra ativaria “gatilhos traumáticos”.
A redução de uma letra que faz referência à carta do apóstolo Paulo aos Efésios a uma compreensão limitada dos significados possíveis e aplicações teológicas do termo “general”, relativizando seu embasamento bíblico para atender a uma agenda passageira permite a conclusão de que o comprometimento do artista é, prioritariamente, ideológico.