O Muro da Reforma, um monumento à memória dos teólogos reformadores protestantes João Calvino, William Farel, Theodore de Bèze e John Knox foi vandalizado por militantes LGBT.
O grupo de ativistas jogou tintas nas cores do movimento LGBT sobre as estátuas que representam os reformadores. O monumento, instalado em Genebra, capital da Suíça, tem 110 anos de história.
Segundo informações do portal Evangelical Focus, o episódio foi registrado na última segunda-feira, 15 de julho. O Muro da Reforma, instalado no Parc des Bastions, é uma das principais atrações turísticas da cidade em que João Calvino desenvolveu seu trabalho conceitual sobre teologia a partir de 1536.
A ideia dos criadores do Muro da Reforma, inaugurado em 1909, é que ele servisse como um registro da influência dos reformadores na cultura suíça durante o século 19.
A tinta foi jogada no monumento formando uma referência às cores da bandeira LGBT. Num primeiro momento, a Polícia fez pouco caso do vandalismo, afirmando que ninguém havia reclamado da ação dos ativistas.
No entanto, o conselho da cidade de Genebra registrará uma queixa criminal. Funcionários que trabalham no parque disseram que o monumento seria limpo o mais rápido possível.
Essa não é a primeira vez que o monumento sofre com atos de vandalismo. No passado, de acordo com o jornal Le Matin, ativistas feministas escreveram um grafite na parede questionando “onde estão as mulheres?”, numa clara manifestação de ignorância sobre o contexto histórico ali representado.
O trabalho de Calvino, seguindo o movimento inaugurado por Martinho Lutero, terminou por influenciar diversas denominações protestantes mundo afora, delineando conceitos teológicos que são considerados, ainda hoje, como os mais abrangentes já produzidos por estudiosos da Bíblia Sagrada.