Depois de votar, Lula disse que o presidenciável José Serra (PSDB) sairá “menor dessa campanha”. Em entrevista coletiva, ele ainda criticou o que classificou de “campanha do ódio” por parte da oposição e o peso da religião na campanha eleitoral.
“A gente tem que aproveitar a campanha para elevar o nível de consciência da população brasileira. Não para ficar acusando, criando uma consciência preconceituosa”, disse o presidente ao criticar o tom de “agressividade” usado pela oposição contra a candidata Dilma Rousseff (PT) e o preconceito pelo fato de ter uma candidata mulher.
“Temos um preconceito na política. Isso foi demonstrado agora. (…) Isso não muda com a lei, é um problema cultural”, completou Lula.
O presidente ainda comentou o tom agressivo da campanha, baseado em acusações. “É uma coisa delicada. A questão da disseminação do ódio e do preconceito. É uma coisa muito grave”.
Para Lula, os partidos devem se reunir após as eleições para repensar os fatos da corrida presidencial e o peso que a religião ganhou, especialmente no segundo turno em torno da discussão do aborto. “As igrejas vão ter que pensar o seu papel porque muita gente usou e abusou o direito de liberdade na campanha”, disse.
Lula ainda falou sobre as eleições em geral, e ao citar que o Congresso é “reflexo da sociedade”, se disse contrário à tentativa de impedir que o palhaço Tiririca assuma a cadeira de deputado federal. No dia 3 de outubro, o humorista foi o mais votado do Brasil para o cargo.
“Acho uma cretinice o que estão fazendo com o Tiririca”, disse. Para o presidente, impedir que Tiririca seja eleito é “desrespeitar um milhão de pessoas que votaram nele. Quem está pedindo para ele fazer prova [para mostrar que ele não analfabeto] é que tem que fazer”, finalizou.
Fonte: UOL / Gospel+