Um crime bárbaro parece estar perto de ter o seu desfecho completo revelado, após os envolvidos serem presos em Frutal, no triângulo mineiro, na última quarta-feira (20). Trata-se da mãe, avós, uma tia e um religioso suspeitos de queimar uma criança de apenas 5 anos em um ritual satânico.
A vítima, uma menina, morreu em decorrência das queimaduras. Ele teve 100% do seu corpo queimado, após um adepto do ocultismo jogar álcool em seu corpo, juntamente com ervas, e depois atear fogo na criança com uma vela.
Inicialmente, os suspeitos alegaram que a criança teria se acidentado na churrasqueira da casa onde estava com a mãe, os avós, uma tia e o religioso ocultista. Contudo, exames feitos pela perícia destacaram essa possibilidade.
O pai da menina foi quem primeiro desconfiou da versão dos parentes. Ele não estava no dia do crime e resolveu levar o caso à Polícia, quando as investigações começaram, resultando na Operação Incorporação da Verdade, desencadeada na última quarta-feira (20). O crime ocorreu no dia 24 de março e o corpo da criança foi sepultado no dia 25 do mesmo mês.
“Após laudos periciais e colhermos depoimentos de várias testemunhas, descartamos a hipótese de acidente doméstico em um churrasco, envolvendo álcool e churrasqueira, e passamos a investigar o caso como um crime”, explicou o delegado Murilo Cézar Antonini Pereira, responsável pelo caso em Minas Gerais.
Segundo o policial, o ritual satânico tinha como objetivo invocar a “incorporação de espíritos malignos”, tendo a criança como parte da celebração ocultista.
“As investigações demonstraram que a vítima teria participado de ritual de evocação e incorporação de espíritos malignos, na companhia dos avós, da tia e da mãe, sendo que um líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente ateado fogo, usando uma vela e queimando-a viva”, explicou o delegado.
O caso é tratado como homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Os presos, que não tiveram os nomes revelados, estão em presídios da região, segundo o Correio Braziliense.