O ex-senador Magno Malta, uma das principais figuras de apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro entre o eleitorado evangélico, gravou um vídeo para desmentir uma gravação que circula nas redes sociais, atribuída ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O vídeo de 2003 faz parecer que Lula teria sido o principal responsável por uma decisão que concedeu maior liberdade de atuação das igrejas no Brasil. Contudo, segundo Malta, o líder petista teria sido “obrigado a assinar” a medida devido à pressão das lideranças evangélicas.
“Esse vídeo que está rodando aí dizendo que Lula deu a liberdade das igrejas é muita pretensão”, diz Malta na gravação, explicando que foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) quem assinou a finalização do Código Civil, incluindo as igrejas no mesmo patamar dos clubes de futebol e escolas de samba no tocante aos benefícios do governo.
“Quando percebemos, houve um grande movimento. Pode ver que todos os líderes evangélicos estão ali [no vídeo]”, disse Malta. “Aquilo não saiu de Lula e nem do PT. Não foi iniciativa dele. Ele foi obrigado a assinar pela pressão das igrejas.”
Reação evangélica
A reação do ex-senador Magno Malta é fruto dos esforços por parte da liderança evangélica, no país, de se distinguir do apoio ao ex-presidente Lula, assim como ocorreu em 2018, quando a maioria das igrejas cristãs manifestaram apoio ao então candidato Jair Bolsonaro.
O Partido dos Trabalhadores (PT), por outro lado, vem tentando reverter o cenário de apoio eleitoral a Bolsonaro junto aos evangélicos. Para isso, Lula tem buscado evitar tocar nas pautas morais e de costumes, bem como adotado um discurso mais moderado.
Para o senador Randolfe Rodrigues, por exemplo, responsável pela coordenação da campanha petista, a chapa que melhor representaria os valores cristãos no país seria a do PT, e não a de Bolsonaro.
“É a lógica. A chapa cristã é esta daqui. A chapa que está junto dos mais pobres. Eu disse ‘bem-aventurados os pobres, pois é deles o reino dos céus’. A linha do discurso será essa”, disse ele. Veja mais:
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