A dubiedade de parte dos líderes evangélicos no país em relação a figuras políticas foi criticada fortemente pelo pastor Silas Malafaia, que discordou de uma declaração do bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus Madureira.
Malafaia, apoiador mais contundente do presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os líderes evangélicos, avaliou que, no cenário atual de antagonismo entre valores cristãos e propostas da esquerda, líderes evangélicos que se omitem ou relativizam essa questão atrapalham mais do que ajudam:
“Eu acho que o pastor que se não posiciona, que não ensina o povo da sua igreja, que se omite, esse sim não influencia na eleição, o que não é o nosso caso”, disse Silas Malafaia.
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) afirmou que se opõe em “gênero, número e grau” da afirmação de Abner Ferreira sobre a legitimidade da pré-candidatura de Lula (PT) à presidência da República.
Malafaia afirmou considerar que Ferreira fez um aceno ao petista ao usar o termo “legitimidade” em uma declaração recente: “Candidato que roubou pra mim não é legítimo, não, nem para o povo evangélico. Eu discordo em gênero, número e grau do bispo Abner e acho que 99% das lideranças evangélicas pensam como eu”.
“Lula foi condenado em vário processos, mas foi liberado pelo STF, a instância que faz o jogo político. Nossos princípios cristãos não podem negociar com essa bandidagem. Eu acho que o pastor que não se posiciona, que não ensina o povo da sua igreja, que se omite, esse sim não influencia na eleição, o que não é o nosso caso. O eleitorado evangélico está muito politizado e nós respondemos a isso”, disse Malafaia à revista Veja.