O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão para os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso Nacional, e Romero Jucá (PMDB-RR), o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da República e ex-senador José Sarney (PMDB-MA), por supostamente tramarem uma estratégia para obstruir a Operação Lava-Jato.
O pastor Silas Malafaia comentou o assunto e afirmou que está “desconfiado” que a lista elaborada por Janot estaria desfalcada: “Eu estaria aplaudindo se além de Jucá, Renan, Sarney, Eduardo Cunha, na sua lista tivesse Dilma [Rousseff], Lula, Edinho Silva, [senador Aloisio] Mercadante, Gleisi [Hoffmann], Humberto Costa, Lindbergh [Farias, todos filiados ao PT]”, disse.
“Foi pego (sic) telefonemas de Lula, de Mercadante, de Dilma, tentando obstruir a Lava-Jato. Tem farta documentação, delações e gravações. Estranho… Eu não quero entrar no mérito de que esses caras [do PMDB] não mereçam. Se [o pedido de prisão] foi pela gravação do cara da Petrobras, [Sergio] Machado, vai me desculpar. É frágil. Se tem outros elementos que não vieram [à tona] para a opinião pública, aí a lista tem que ser maior. A lista tem que incluir também esses nomes [do PT]”, pontuou o pastor.
Malafaia destacou ainda que é favorável à punição de qualquer um que seja flagrado cometendo crimes: “Eu não estou aqui protegendo ninguém. Eu estou aqui desde agosto do ano passado: ‘quem deve, que pague’. Seja Cunha, seja Renan, seja Dilma, seja quem quer que seja. Quem deve, paga. Só na cabeça de militonto e petralha, que dizem que quero proteger Cunha. Eu deixo para lá, porque não adianta argumentar com quem é tapado ideologicamente, é esquerdopata”, disparou.
Ao final, o pastor afirmou que o procurador-geral da República poderia ter objetivos indiretos: “Sr. Janot, você está querendo constranger o Supremo Tribunal Federal. Essa notícia é para constranger o Supremo. Isso é feio, isso pega mal. A sociedade brasileira quer ver os outros denunciados – fartamente denunciados na Lava-Jato – e que o senhor até agora não os denunciou [ao Supremo]”.
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