O jornalista Marcelo Rezende, apresentador do telejornal policial Cidade Alerta, da TV Record, afirmou durante a edição do programa da última sexta-feira, 12 de julho, que considera a religião “um atraso”.
O comentário polêmico de Rezende foi feito na introdução à reportagem que contava a história da menina Yasmin, que havia sido dada como morta após o parto e ressuscitou após três horas da declaração de óbito.
“Eu não gosto de religião. Para mim, religião é um atraso. Eu acredito em Deus”, disse Rezende, que se justificou dizendo que por causa da religião, muitas guerras e disputas foram iniciadas.
No entanto, o apresentador frisou que se define como um homem de fé, apesar de condenar as instituições religiosas, e que acreditava que o “milagre” era obra divina: “Deus há de permitir que ela vença todas as etapas da recuperação. Com certeza! Ele tirou a menina do buraco, da cova, e trouxe à vida. Ela vai vencer”, disse.
“Religião é um atraso”:
Cristianismo Abstrato
O comentário de Marcelo Rezende sobre considerar a religião em si “um atraso” mas “crer em Deus” é um pensamento comum e foi tema de um sermão do pastor Ed René Kivitz, líder da Igreja Batista de Água Branca (IBAB), em São Paulo.
Segundo Kivitz, “quem acredita nas realidades espirituais, mas não interage com elas” vive um “cristianismo abstrato”.
“Por exemplo, acreditar em Deus pode ser o mesmo que acreditar na existência de Barack Obama sem nunca ter apertado sua mão, ou na existência da Austrália e no Amazonas sem nunca ter visitado o país ou navegado as águas do rio. Isto é, ‘acreditar na existência de’ é diferente de ‘se relacionar com’. Quem acredita na existência de Deus, mas não se deixa afetar por Ele, não tem vantagem alguma sobre o diabo, que também acredita que Deus existe (Tiago 2.19)”, disse o pastor.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+