A segunda edição da Marcha Para Satanás, realizada ontem, 26 de maio, em São Paulo (SP), foi uma reedição do fracasso da primeira, realizada em janeiro. A expectativa dos organizadores era de reunir uma pequena multidão, pois 7 mil pessoas haviam confirmado presença nas redes sociais, mas o público não passou das dezenas.
O evento, agendado para as 14h00 no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, tinha como tema “pedir o suicídio coletivo de Marco Feliciano, Jair Bolsonaro, Eduardo Cunha, Silas Malafaia e toda essa corja cristã que infecta nosso país”.
Porém, com o fracasso de público, a única menção ao evento foi feita por um manifestante, em uma selfie publicada na página do evento nas redes sociais: “7 mil pessoas marcaram presença aqui [no Facebook]… Mas poucos foram… Mas os que foram, fizeram história hoje. Hahaha”, escreveu o usuário Faria Danilo.
Antes do evento, os organizadores pediam que os participantes pintassem pentagramas no corpo com sangue menstrual, para que os rituais fossem feitos durante a marcha, que foi agendada para o mesmo dia e cidade da Marcha Para Jesus, que reuniu três milhões de pessoas, segundo os responsáveis. Além disso, anunciaram que seriam realizadas sessões de automutilação e orgias em público.
Em janeiro, com público ínfimo – mais ainda superior ao de ontem -, os organizadores da Marcha Para Satanás decidiram encerrar o evento antes do previsto, alegando que teriam sofrido ameaças.
À época, Roberto de Lucena (PV), pastor, deputado federal licenciado e secretário estadual de Turismo comentou a situação: “Primeiro, não há nenhuma força espiritual — mesmo que todos os demônios viessem a marchar pelas ruas — que possa impedir o que Deus tem para a Igreja, para a família e para a nação. Segundo, ninguém pode impedir ou fazer algo para obstruir, porque estamos em um país que tem um fundamento democrático, um regime democrático e é um Estado laico”.