A candidata Marina Silva (Rede) adotou a estratégia que tanto criticou nas eleições passadas e, atacando o líder das pesquisas, disse que não rogaria praga contra Jair Bolsonaro (PSL) porque sua fé “não permite”.
A declaração de Marina Silva, em tom de brincadeira, foi feita durante sabatina promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília (DF), na última quarta-feira, 29 de agosto.
“Eu vou começar com uma brincadeira: eu só não vou desejar a ele [Bolsonaro] que aconteça com ele o que aconteceu comigo, porque a minha fé não me permite jogar praga”, afirmou a ex-senadora, fazendo referência ao fato de ter sido líder das pesquisas em 2014, após a morte de Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo que a levou à cabeça de chapa da campanha.
“Quem é a pessoa que consegue estar preparada para aquela tragédia? Eu fui candidata compulsoriamente no lugar de uma pessoa que perdeu a sua vida. É impossível fazer uma campanha sorrindo, feliz porque se estava no lugar de um homem jovem, com todo o vigor, família linda, partido que o amava. Aquela foi uma campanha difícil. Como se não bastasse o luto, ainda veio a força bruta do dinheiro da corrupção”, declarou, segundo informações do portal Uol.
Marina Silva acrescentou ainda que se viu prejudicada na campanha de 2014, pois foi impedida de registrar seu movimento político da época como partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de ter sido alvo de uma campanha de destruição de sua imagem feita pela coligação que reelegeu Dilma Rousseff (PT).