A ex-senadora Marina Silva (PSB/Rede), terceira colocada nas eleições presidenciais este ano, afirmou no último domingo, 02 de novembro, que pediu a Deus que a mantivesse firme em seus princípios.
“Eu queria ganhar se fosse pra ganhar ganhando. Se fosse para perder, pedi para Deus para que perdesse ganhando”, afirmou Marina durante um culto em Brasília (DF), de acordo com informações do R7.
A frase da missionária assembleiana explica os pensamentos e posturas adotados por ela durante a campanha. Marina passou a encabeçar a chapa da coligação Unidos Pelo Brasil após a trágica morte de Eduardo Campos, no dia 13 de agosto.
Assim que foi confirmada, Marina deu um salto nas pesquisas de intenção de voto, e nas simulações de segundo turno, chegou a estar à frente da então candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).
Durante a campanha, Marina se recusou a responder os ataques recebidos por parte do PT, e mesmo tendo pouquíssimo tempo de televisão e rádio, usou o espaço para fazer propostas.
Dentre os ataques feitos à ela, estavam questionamentos sobre o fato de ser evangélica, e Marina destacou que defende o Estado laico, um conceito criado pela Reforma Protestante numa época em que a Igreja Católica interferia diretamente no Estado.
Citando referências bíblicas sobre a necessidade de manter separação da conduta cidadã das crenças espirituais, Marina também disse durante o culto do último domingo que se esforçou para não transformar púlpitos em palanques, e muito menos palanques em púlpitos.
No dia 05 de outubro, Marina recebeu mais de 22 milhões de votos, superando o próprio recorde obtido em 2010, quando havia se tornado a terceira colocada numa eleição presidencial mais bem votada na história do Brasil.
Se tivesse avançado ao segundo turno, Marina receberia o apoio de líderes evangélicos que ficaram ao lado do pastor Everaldo Pereira (PSC) no primeiro turno. O apoio desses líderes migrou para Aécio Neves (PSDB), assim como seu próprio apoio.