A candidata do PV, Marina Silva, rebateu nesta sexta-feira as declarações do pastor Silas Malafaia, AQUI que a acusa de “jogar para a torcida” e se “omitir” em assuntos considerados importantes pela comunidade evangélica, como o aborto e o casamento gay.
Malafaia, que havia declarado voto em Marina no final da semana passada, mudou o voto menos de cinco dias depois. O argumento do pastor é que a candidata verde não se compromete de fato com os assuntos de interesse dos evangélicos.
Marina se defende das críticas e diz que ela tem tido uma atitude coerente sobre esses temas desde o início da campanha, mesmo que essas opiniões tenham lhe “tirado votos”. A candidata do PV argumenta que o pastor Malafaia sabia das posições dela antes de declarar seu voto.
“As posições que eu assumi estão há mais de um ano sendo explicitadas. O pastor Silas Malafaia é um homem bem informado. Quando ele manifestou o seu posicionamento favorável, com certeza conhecia essas posições. Mas, estamos na democracia e as pessoas podem mudar de opinião”, disse Marina Silva.
A presidenciável do PV lembrou que é contra o aborto e casamento gay e que jamais se comprometeu em convocar um plebiscito sobre os assuntos mencionados pelo pastor Malafaia. “Quem convoca um plebiscito é o Congresso. E quem aprova as leis também é o Congresso. Eu disse que casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, deveriam ser debatido pela sociedade na forma de plebiscito. Mas eu nunca disse que convocaria um plebiscito”, afirmou a candidata.
Usina de boatos
Marina também lamentou os boatos que surgiram nos últimos dias de campanha envolvendo os principais candidatos à Presidência da República, especialmente a candidata Dilma Rousseff. A presidenciável disse, porém, que os próprio candidatos criaram “centrais de boatos” nos núcleos oficiais de campanha para atingir os adversários.
A própria Marina disse que foi alvo desses boatos, que tentavam potencializar sua posições sobre temas polêmicos, tentando tachá-la de “conservadora” e “fundamentalista religiosa”.
“Existiam máquinas poderosas de boatos que atacavam uns aos outros, e, no ‘balzeiro’, vinham também pra cima de mim. Nós não potencializamos absolutamente nada dessas coisas e discutimos propostas. Fizemos um processo limpo na internet. Quem criou centrais de boatos, máquinas poderosas de boatos foram as duas candidaturas. A oficial de posição e a oficial de situação”, justificou Marina.
As declarações da candidata foram feitas numa coletiva de imprensa convocada pela própria candidata para demonstrar apoio à Heloisa Helena, do PSOL, que concorre ao cargo de senadora pelo Estado de Alagoas. Heloisa corre o risco de não se eleger.
Apesar da disposição de Marina em ajudar a amiga, a candidata do PSOL não foi encontrada porque participa de campanha pelo interior do Estado. Mesmo assim, Marina deixou uma mensagem para a amiga, a quem classificou de “mulher guerreira e competente, que merece ser eleita e voltar ao Senado”.
Neste sábado, último dia de campanha, Marina fará caminhadas no Estado do Rio de Janeiro e, no final da tarde, viaja para Rio Branco, no Acre, onde votará no domingo.
Fonte: IG / Gospel+
Via: Pavablog