Nessa quarta feira (20) a senadora Marta Suplicy (PT-SP) criticou as mudanças feitas no texto final da Rio+20 por pressão do vaticano. Ela afirmou que as mudanças realizadas no documento representam uma “grande derrota” para as mulheres, e também teceu críticas a religiões, afirmando que essas impõem um retrocesso “além de todos os limites”.
O motivo das críticas da senadora foi a exclusão da expressão “direitos reprodutivos” ao abordar os direitos femininos. O novo texto fala sobre o direito de acesso a métodos de planejamento familiar, fazendo uso do termo “saúde reprodutiva”.
A mudança no texto, solicitada pelo Vaticano, recebeu o apoio do Chile, Honduras, Nicarágua, Egito, República Dominicana, Rússia e Costa Rica.
De acordo com a Folha, a senadora afirmou que “acordos entre 193 países são realmente bastante complicados e exigem concessões, mas retroceder em um texto aprovado na conferência do Cairo em 94 foi além de todos os limites”. Suplicy faz reverência ao acordo anterior, que já reconhecia os direitos reprodutivos femininos.
Criticando diretamente a religião pelas alterações, a senadora afirmou: “Religiões cada vez mais impositivas estão ganhando espaço às custas da saúde da mulher”.
Fonte: Gospel+