A hora da morte é algo que apesar de todos terem consciência de que vai chegar, poucos querem falar ou refletir. Para o médico Joel Cho, que atua há duas décadas em um hospital lidando com inúmeros pacientes e centenas de óbitos, não há dúvida de que é preciso estar “com Cristo” nesse momento.
“Já estive em muitos leitos com pacientes perto do fim da vida — algumas vezes, mesmo quando eles davam seu último suspiro. Até perdi a conta do número de certidões de óbito que preenchi ao longo dos anos”, disse ele em um artigo para o The Gospel Coalition.
Sendo um dos poucos cristãos em sua equipe situada em São Francisco, nos Estados Unidos, o Dr. Cho disse que o fato de crer na vida eterna com base nas promessas de Jesus lhe deu uma perspectiva diferente em relação aos pacientes que recebem um diagnóstico de doença fatal.
“Esse ponto de vista me colocou numa posição única para ver como o Evangelho fornece recursos muito melhores do que qualquer forma humana de lidar com a angústia existencial da morte”, disse o profissional.
Lembre-se do Criador
Citando a passagem de Eclesiastes 12.1, onde o autor recomenda recordar de Deus durante a juventude, antes que a morte chegue, o médico confirmou que nesse momento, de fato, muitos acabam se voltando ainda mais para o Senhor.
“As palavras de Salomão provaram ser verdadeiras com quase todos os pacientes a quem dei a triste notícia de um diagnóstico terminal”, disse ele, ressalvando apenas os “que tivessem procurado seu Criador antes que o diagnóstico chegasse”, ou seja, “era improvável que o procurassem depois”, disse ele.
O médico se lembrou de um paciente que marcou a sua experiência, foi ficou evidente que Cristo estava com ele durante a sua doença terminal. “Quando entrei no quarto mal iluminado desse homem, eu o vi — quieto, caquético e sem cabelo”, contou.
“No entanto, ele estava surpreendentemente calmo e agradável. Eu poderia dizer que ele estava com um pouco de dor, mas havia um ambiente de paz que preenchia a sala”, lembrou o profissional.
“Depois de discutir seu regime de dor e problemas médicos relacionados, fiz minha pergunta habitual: ‘Você gostaria de ver um capelão?’”, destacou. “Com um grande sorriso no rosto, ele respondeu: ‘Dr. Cho, eu sou um cristão. Eu sei que Deus está comigo. Eu estou bem’”
Por fim, o Dr. Joel Cho contou que a experiência de quem está próximo da hora da morte, de fato, não é a mesma para todos, inclusive para os cristãos. Ele disse que já viu fiéis com medo e desesperados, mas que todos de alguma forma foram abraçados pela paz de Jesus.
Com isso, segundo o médico, os cristãos não devem esperar os últimos dias de suas vidas para ter um relacionamento genuíno com Deus. Em fez disso, precisam manter a fidelidade todos os dias, a fim de que a paz que excede todo o entendimento se faça presente, também, na hora de migrar para eternidade.
“A melhor maneira de se preparar para a morte é andar fielmente com Cristo, um dia de cada vez. Confie nele hoje como você quer confiar nele no final. Então, algum dia — assim como meu paciente — você caminhará para a eternidade com o Deus fiel que o guiou por toda a sua vida”, conclui.