No Paquistão, mais uma acusação contra um cristão pode terminar em morte, desta vez, Ramsha, uma menina de apenas 11 anos, foi acusada de blasfêmia, por ter rasgado 10 páginas do Alcorão. Segundo as autoridades policiais, a garota, que é analfabeta e teria síndrome de down, mesmo com muita dificuldade para falar declarou que não sabia se tratar do livro sagrado dos muçulmanos.
De acordo com a lei paquistanesa, o crime de blasfêmia é punido com a pena de morte, mas, um comunicado da presidência do Paquistão argumentando sobre a impossibilidade de Ramsha compreender o conteúdo do livro, por não saber ler, pode ser uma chance para que a garota escape da condenação, cuja pena máxima é a execução.
Após a divulgação do caso, aproximadamente 150 pessoas se dirigiram ao bairro cristão onde a Ramsha mora para protestar, a multidão ameaçou queimar a menina por causa de seu ato. Assustados, centenas de famílias cristãs fugiram do local temendo o ataque dos manifestantes. Porém, a polícia conseguiu deter a ação dos agressores.
Asif Ali Zardari, presidente do Paquistão, solicitou que o Ministério do Interior investigasse o caso com urgência, ressaltando que as minorias do país devem ser protegidas “de qualquer uso errôneo da lei da blasfêmia”. De acordo com informações veiculadas pelo Daily Mail, a acusação contra a menina Ramsha pode ser retirada tão logo haja apuração sobre o caso, assim como quando diminuir a cólera da população.
Embora o governo paquistanês esteja dando atenção ao caso, ativistas de direitos humanos têm denunciado a utilização da lei da blasfêmia como elemento de intolerância religiosa, quando ela é manipulada pelos grupos maiores, predominantemente muçulmanos, para perseguir grupos menores, como os cristãos, que atualmente representam pouco mais de 1% da população do país.
Redação Gospel+