Uma escola cristã que decidiu permitir a matrícula de um menino de 4 anos como se fosse menina está no centro de uma polêmica depois que ele decidiu mostrar a genitália às colegas. Até o episódio, o verdadeiro sexo da criança vinha sendo ocultado de todos.
O caso foi registrado em uma escola primária administrada pela Igreja da Inglaterra, e quando a crise se tornou pública, a secretária da Educação do país, Gillian Keegan, e a ministra da Mulher e da Igualdade, Kemi Badenoch, vieram a público expressar suas preocupações e afirmar que pretendem intervir.
A polêmica se tornou um debate em todo o país porque as demais crianças passaram mais de 3 anos convivendo com menino como se fosse uma menina, e quando ele decidiu mostrar o pênis, causou traumas nas colegas. Atualmente com 7 ou 8 anos e estudando o terceiro ano do Ensino Fundamental, o menino nunca havia feito menção ao sexo biológico até então.
De acordo com informações do portal The Christian Post, a mãe de uma das meninas que testemunharam a cena afirmou que a filha ficou angustiada ao descobrir a verdadeira identidade da criança que ela considerava amiga, passando a sofrer com estresse, insônia e alterações de comportamento.
Ela relatou que a filha ficou em choque ao saber que a amiga era um menino, e tudo foi agravado pelo comportamento inadequado da criança identificada como “trans” que decidiu “mostrar [seu] willy” [gíria em inglês para se referir ao pênis] para as meninas e contar-lhes sobre “espíritos sombrios que irão sugar suas almas”.
A mãe também disse à imprensa local que sua filha estava “perturbada” porque sua amiga havia “mentido” para ela e que ela estava “de mãos dadas com um menino”.
Repercussões
A ministra da Mulher e da Igualdade comentou o caso dizendo que a decisão da escola contraria as novas orientações do governo, enfatizando que a transição social é inadequada para crianças em idade escolar primária.
O projeto de orientação para as escolas do governo do Reino Unido, publicado em dezembro, aborda as preocupações sobre as crianças que se identificam como sendo do sexo oposto na escola e aconselha cautela no tratamento de pedidos de mudança de gênero de crianças do ensino primário, fazendo referência a um relatório da Dra. Hilary Cass, que alerta para o impacto significativo da transição social no funcionamento psicológico das crianças.
Pelo lado da Igreja de Inglaterra, os responsáveis afirmam que a postura foi adotada para prevenção do bullying, sem falar especificamente sobre os casos de crianças que questionam sua identidade.