Criada na igreja, Miley Cyrus voltou a falar sobre suas origens durante a transmissão de um vídeo feito durante a quarentena de proteção do coronavírus, e disse que abandonou a congregação quando descobriu a sexualidade.
Durante a transmissão de seu programa Brightminded, realizado na quarentena, a cantora e atriz conversou com a esposa de Justin Bieber, a modelo Hailey Baldwin-Bieber, e falou sobre sua experiência como uma criança criada na igreja.
“Eu tinha alguns amigos gays na escola. Essa é a razão pela qual deixei minha igreja, porque eles não estavam sendo aceitos. Eles estavam sendo enviados para terapias de conversão. Eu tive muita dificuldade com isso e comigo também, encontrando minha sexualidade”, declarou a atriz que se tornou mundialmente conhecida pelo papel de Hannah Montana na Disney.
Segundo informações do portal Observatório G, do Uol, a esposa de Justin Bieber expressou seu ponto de vista sobre religião e criticou a adoção desse tipo de educação para crianças: “Eu acho que há uma diferença entre ser criado na igreja quando criança e ser adulto e ter seu próprio relacionamento com Deus”, tergiversou.
Miley Cyrus se identifica como pansexual e não-binária, termos usados na comunidade LGBT para se referir a pessoas que apreciam e se sentem atraídas por pessoas de ambos os sexos e orientações. Em 2019, ela chamou a atenção por assumir, pela primeira vez, uma relação homossexual logo após terminar seu casamento com o ator Liam Hemsworth.
Censura
Em 2015, a cantora expressou sua postura intolerante contra cristãos ao dizer que esse segmento religioso deveria ser proibido de atuar na política. “Essas pessoas não devem fazer as nossas leis. São pessoas que acreditam que a Arca de Noé foi uma embarcação real”, disse, em tom de zombaria na entrevista concedida à revista Paper.
A artista – que protagonizou uma mudança radical de comportamento e opiniões – é filha de pais evangélicos, e pouco antes dessa declaração, havia se referido a eles como “estúpidos religiosos” por serem contra a homossexualidade.