Milhares de pessoas revoltadas com a nova lei que relaxará drasticamente as regras para prática do aborto da Irlanda do Norte se uniram em uma solene procissão em Stormont na noite da última sexta-feira, 06 de setembro.
O protesto foi organizado pela organização pró-vida NI Voiceless e reuniu pessoas de diferentes visões políticas, de todas as religiões e também não-religiosos na capital Belfast.
Os organizadores enfatizaram que houve frustração da população da Irlanda do Norte pelo fato de o povo “não ter sido questionado sobre essa mudança antidemocrática, que não reflete a opinião pública ou política aqui”.
De acordo com informações do portal Christian Today, o protesto foi organizado para dar voz aos nascituros que “não podem falar em defesa de seu próprio direito à vida e não podemos nos sentar sem defendê-los”.
Os manifestantes caminharam em silêncio desde os portões do Palácio de Stormont, sede do Parlamento, até a frente do prédio, onde ficaram em silêncio enquanto acendiam luzes por seis minutos para representar os seis condados da Irlanda do Norte.
O tamanho da participação surpreendeu os organizadores, uma vez que a campanha do grupo só começou a ser feita em agosto: “É animador saber que muitos na Irlanda do Norte se interessam apaixonadamente pelo valor da vida humana e desejam ver-nos como uma sociedade verdadeiramente positiva para todas as pessoas”, disseram eles.
Após o protesto de ontem, a NI Voiceless exortou o povo da Irlanda do Norte a “defender o valor da vida humana”, apoiando grupos que trabalham em nome dos nascituros e de suas mães e “recusando-se a votar em políticos e partidos que não representam os dois”.
A entidade também encorajou as pessoas a “servirem mulheres e famílias”, apoiando grupos comunitários e instituições de caridade que apoiam as mães durante a gravidez e período inicial da maternidade.
“Esta é uma questão de vida e morte. Juntos, podemos ser uma sociedade em que toda vida humana é valorizada e nenhuma morte humana é escolhida”, disse a NI Voiceless. Arlene Foster, líder do Partido Unionista Democrático, ligado à igreja protestante, afirmou que participava do protesto “para se unir e defender os direitos do feto”, porque “ambas as vidas são importantes”, disse ela.