A perseguição aos cristãos é uma triste realidade em diversas partes do mundo, algo que, não por acaso, é trazido à tona em discursos de alguns chefes de Estado durante as reuniões da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), realizadas em Nova York, Estados Unidos.
Na 79ª edição da reunião realizada este ano, por exemplo, quem destacou com firmeza a sua posição em favor da liberdade religiosa foi a premier da Itália, Giorgia Meloni, durante o seu discurso na ONU.
Para a primeira-ministra italiana, os cristãos são vítimas da intolerância, sendo a censura à profissão de fé, ou seja, à livre manifestação do pensamento e das crenças em Deus uma grande ameaça à liberdade de expressão, algo considerado um dos pilares do direito internacional apoiado pela ONU.
“Há milhões de pessoas no mundo que sofrem por causa da sua profissão de fé e, em primeiro lugar, como vítimas estão os cristãos”, disse a premier italiana.
ONU virou “Leviatã”
Quem também se pronunciou em favor da liberdade de expressão (que inclui a religiosa) foi o atual presidente da Argentina, Javier Milei. Conservador e cristão assim como Meloni, o argentino criticou duramente o papel que a ONU tem desempenhado nos últimos anos, chegando à comprar a organização à figura de “Leviatã”.
Para Milei, a Organização das Nações Unidas vem traindo os seus próprios valores em defesa das liberdades individuais, algo que marcou a sua atuação no início do seu surgimento, por isso a comparação, agora, com a figura de um monstro que na Bíblia é associada ao próprio diabo.
Agora, a ONU seria “um Leviatã de múltiplos tentáculos, que pretende decidir não só o que cada Estado ou Nação deve fazer, mas também como todos os cidadãos do mundo devem viver”, afirmou Milei.
“É assim que passamos de uma organização que perseguia a paz para uma organização que impõe uma agenda ideológica a seus membros”, completou o líder argentino durante o seu discurso, segundo O Tempo.