Em recente entrevista, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Melo afirmou ser contra o vínculo entre as instituições estatais e a fé.
Segundo Marco Aurélio, “não se coaduna, por exemplo, no plenário do Supremo, termos um crucifixo. Devíamos ter só o brasão da República”, declarou ao site Consultor Jurídico.
O ministro do STF disse que considera inapropriado o hábito da ostentação de símbolos religiosos e que em seu voto sobre a descriminalização do aborto terapêutico de fetos anencéfalos, deixou isso claro: “Sustentei isso no voto da anencefalia, revelando que nós não estamos mais no Império, quando a religião católica era obrigatória e o imperador era obrigado a observá-la. Mencionei que o Estado é laico, o Estado é secular”.
Falando sobre a polêmica iniciativa do Ministério Público Federal, que encaminhou ao Banco Central, em dezembro de 2011, um pedido para que a frase “Deus seja louvado” fosse retirada das cédulas do Real, o ministro também se posicionou contra a manutenção da expressão na moeda nacional: “Não consigo conceber que nas notas da moeda Real nós tenhamos ‘Deus seja louvado’”.
Como resposta ao pedido do Ministério Público, o Banco Central recusou-se a efetuar alterações e respondeu que a moeda nacional segue o exemplo da Constituição Federal, que em seu conteúdo, identifica sua concepção e estabelecimento “sob a proteção de Deus”.
Fonte: Gospel+