Taylor Swift é uma das principais cantoras da música popular norte-americana e resolveu expressar sua visão a respeito do que é o cristianismo, manifestando-se a favor do aborto, causas LGBT e contra o conservadorismo. Ela é o centro do documentário Miss Americana, da Netflix.
Depois de anos sem se manifestar publicamente sobre sua visão ideológica ou política, a cantora decidiu que passaria a defender as pautas progressistas, se manifestar contra o presidente Donald Trump e atacar a postura das lideranças cristãs conservadoras. Tudo isso é mostrado no filme.
Parte da iniciativa de Taylor Swift é tentar definir quais são as crenças cristãs, para que elas se amoldem às suas próprias ideias progressistas. Essa postura já foi alvo de críticas em 2019, quando discursou em defesa da militância LGBT ao receber um prêmio e atraiu para si críticas severas de lideranças evangélicas dos Estados Unidos.
Segundo informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News), a cantora está intencionalmente rompendo com sua imagem anterior de neutralidade, para se tornar alguém militante, vinculando-a à sua marca de religião.
Em um trecho do documentário, Taylor Swift explica que sua motivação para se tornar militante foi a vitória da militante pró-vida Marsha Blackburn (Partido Republicano) para o Senado dos EUA em 2018, contra o ex-governador do Tennessee Phil Bredesen (Partido Democrata). A cantora não se conformou com a postura contra o aborto da senadora.
“Era uma situação em que, do ponto de vista do humanismo e do que minha bússola moral estava me dizendo que eu precisava fazer, eu sabia que estava certa e realmente não me importava com repercussões”, disse Swift, em meio a uma discussão com seus pais e com os publicitários que cuidam de sua imagem
“Vejo Marsha Blackburn disfarçando essas políticas por trás das palavras ‘valores cristãos do Tennessee’. Esses não são valores cristãos do Tennessee. Eu moro no Tennessee. Sou cristã. Não é isso que defendemos”, acrescenta a artista, aos prantos, para justificar sua defesa do aborto e as demais pautas progressistas.
Ainda no ano passado, ela já havia defendido o aborto. Numa entrevista ao jornal britânico The Guardian, afirmou que “obviamente” defendia a interrupção da gravidez, valendo-se do eufemismo comum aos progressistas.
“Sou a favor da escolha… não acredito que estamos aqui. É realmente chocante e horrível. E eu só quero fazer tudo o que puder para 2020. Quero descobrir exatamente como posso ajudar”, declarou na ocasião, referindo-se ao esforço para impedir a reeleição de Donald Trump.