Se a pandemia do novo coronavírus já representa uma grande ameaça e desafio para os países do chamado “primeiro mundo”, o que dizer sobre o potencial de estrago causado pela Covid-19 nos países mais pobres do planeta, localizados na África?
Essa é uma realidade preocupante, motivo pelo qual os missionários da organização Missão Mãos Estendidas resolveram se mobilizar para ajudar os africanos com doações, especialmente a de alimentos, algo difícil de adquirir na região.
A África, vale destacar, foi afetada por dois grandes furacões no começo de 2019. Países como Moçambique e Zimbábue tiveram milhares de casas destruídas, além de boa parte da infraestrutura. Em 2020, portanto, a região ainda se encontra em recuperação, tornando mais difícil o enfrentamento da pandemia.
Diante disso, a Missão Mãos Estendidas (MME) tem procurado ajudar a população de Moçambique, Malawi, Zimbabwe e Zâmbia com doações de alimentos.
“Muitas pessoas têm carência de alimentos. A própria autoridade do bairro permite a distribuição e agradecem muito, porque muitos perderam os empregos e estão em casa”, afirmou o pastor local Adelino João Filipe Nsona, vice-tesoureiro da MME.
Em regiões como no distrito de Búzi nem mesmo há mercado onde possa se comprar alimentos. A população encontra muita dificuldade para obter recursos, dependendo muito mais da solidariedade e das ações do poder público.
“Mesmo quando chegamos lá, nem todas as pessoas podem ir até nós. Chamamos alguns responsáveis e começamos a entregar os produtos nas casas”, afirmou o pastor.
Além da falta de recursos básicos, a dificuldade de acesso aos locais mais atingidos pelos furacões é outro grande desafio, já que por causa da pandemia do novo coronavírus, em muitas regiões a circulação da população, incluindo o transporte público, foram proibidos.
Consequências da pandemia
Os missionários da MME se preocupam também com a consequência da pandemia sobre a execução de projetos como o Umodzi, já que muitos na região são beneficiados através dessas iniciativas e seriam duramente prejudicados em caso de quarentena radical.
“Em Hatone, o projeto Umodzi tem sido uma bênção não só para as crianças, mas para toda a comunidade. Hatone fica no meio do nada, corta o coração quando vemos a falta de tudo ali. Um momento como esse aumenta a preocupação”, afirmou Elias Marcelo Caetano, presidente da MME, segundo informações do Guiame.
Para ajudar com doações, basta entrar em contato direto com a MME através do link: http://mmeafrica.org/